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Mulher e Amor
Cada mulher é uma flor, seja qual for a sua cor
Ninguém como ela sabe como expressar o amor
Mãe, mulher, companheira, avó: umas flores
Mulher que, em desespero, no beco escuro
Num quarto esconso, vendes prazer aos homens
Obtusos, que não sabem o que querem
Mas gostam de humilhar as mulheres
Tens filhos, pedem comer
Quem te os fez não quer saber
Como estão, se têm pão
Tens de vender o teu corpo
Para lhes dares de comer
Já bateste às portas das 101 instituições
Que ajudam as mulheres
Sempre a mesma resposta:
“Tomámos nota da sua situação
Depois, contatá-la-emos”
Como se não precisasses de uma ajuda imediata
Tens de continuar a vender prazer
Aqueles que o quiserem
Sonhas com quem te veja como mulher
Que não te queira como rameira, mas para a vida inteira
Enquanto isso não acontecer, vais ter de vender prazer
Com os filhos a crescer, cada vez, é mais difícil esconder o que fazes
Desesperas, mas ninguém te ajuda
Para muitos a vida é muito dura
Para as mulheres é ainda mais
São elas que ficam com os filhos
Quando os pais não são mais
Do que irresponsáveis
Nunca chegando a ser pais.
José Silva Costa
O futuro
Amanhã não será Verão!
Amanhã será dia de te dar a mão
Vamos construir o nosso futuro
Que, como qualquer outro projeto
É um salto no escuro
Estamos confiantes de que o nosso está nas nossas mãos
Será que o conseguimos segurar!
Ou vai, por entre os dedos, esgueirar-se!
Amanhã, de mãos dadas, vamos colher uma flor
Para perfumar o mosso amor
Que com a passagem dos anos, não pode perder a cor
Temos de saber alimentá-lo, para que nunca esmoreça
Se mantenha vigoroso dos pés à cabeça
Para que consiga aguentar o desgaste do tempo
O cansaço do presente, a rotina de ser diferente
A alegria de nos abraçarmos em frente de toda a gente
Amanhã, com ou sem descendente
Vamos caminhar firmemente
Abraçar o futuro, viver o presente.
José Silva Costa
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