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Refugiados
Mar azul laranja
Coletes de esperança
Não evitam milhares de mortos
A ansia de chegar aos portos
Mortos, mortos, mortos, mortos
Mar, não és salgado!
Mas ensanguentado
Por que te atiras ao mar, desesperado?
Por que arrisca a vida e o filho?
Num barco insuflado
Sem garantias nem futuro
Num mar tão escuro
Onde só vislumbras um muro
Duro, duro, duro, duro
Intransponível, insensível, invisível
Que te vai repudiar
Que não te vai ajudar
Que te vai matar!
Mas, tu continuas a sonhar
Na esperança de um olhar
De alguém que te possa ajudar
De alguém que ainda tenha coração
De alguém que te dê a mão
De alguém que pense que és irmão
Que qualquer lugar é chão
Onde podemos partilhar um pão.
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