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Natal
Neste dia, para todos, saúde paz e alegria
Chegou o mais radioso e longo dia
Para todas as crianças do Mundo, um dia de magia
Com ou sem Pai Natal, ninguém é indiferente a este dia
Não há coração que não sinta alegria, quando faz uma boa ação
Vamos dar as mãos e fazer um grande cordão, para celebrar esta ocasião
Cada dia tem de ter uma celebração: olhar para o próximo, como irmão
Todos os dias houve o teu coração
Não descanses enquanto vires pessoas a dormirem na rua, no chão
A pobreza não tem razão de ser
Todos necessitamos de pão
O Natal é um dia de amor
Mas não te esqueças de quem não tem um lar
Para dividir com o seu amor
Porque o Mundo está um horror
Há uma grande desumanização
Já ninguém fala, nem pelo telefone
Era tão bom ouvir as vozes
Agora, só se envia e recebe mensagens
Para lermos, no frio e mudo telemóvel
Para muitos a única companhia.
Feliz Natal e Próspero Ano Novo!
José Silva Costa
Lua cheia
Primeira super lua cheia, deste ano
Maior que o normal
Lua do Trovão
Aproveitem e vibrem com este clarão
É preciso não desperdiçar esta ocasião
olhem para a lua cheia com toda a paixão
Namorar a lua tem muito de emoção
É como querer alcançar uma coisa, onde não chega a mão
Tem muito de sonhos e de ilusão
Quem é que não gosta de viver na lua
Tirar os pés do chão!
Quem não conseguir admirar esta
Tem outra super lua a 1 de agosto
A Lua do Esturjão.
José Silva Costa
A linha
Minha primavera perfumada
O teu perfume, os meus olhos encanta
Na lonjura da grande estrada
Toda a beleza que a ladeia está cansada
De ver tanta gente tão apressada
Sem que tenha tempo para parar um segundo
Sentada na sua máquina voadora de prego a fundo
Conspurcando com gases e fumo toda a sua beleza
Sem cheirar nem olhar para a bonita Natureza
Nem na noite escura consegue esquecer tanta tristeza
Rasgaram-lhe as entranhas para construírem a autoestrada
Com a promessa de que os automobilistas lhe dedicariam uma grande paixão
Que diriam muito bem do seu perfumado chão
Que dava tão boas espigas douradas para fazer o saboroso pão
Agora, não consegue respirar, está coberta de alcatrão
Saem dos grandes centros populacionais para só pararem nas areias quentes
Como se o mar tivesse mais beleza que uma planície florida
Não têm tempo para apreciarem as melhores coisas da vida
Quem é que já apreciou um mar de espigas douradas, a ondularem ao vento e ao sol?
Como se fosse um grande mar de areia fina, onde o vento dorme e a perdiz aninha
Onde os filhotes ensina, como debulhar a dourada espiga, para uma vida digna
Com casa, pão, liberdade, sem stresse, nem pressa de chegar ao fim da linha
Soubéssemos nós, humanos, aprender com os pequenos seres, a viver
Sem ódios nem receios, que nos roubem o nosso quinhão, que nos comam o nosso pão
Seríamos muito mais felizes, viveríamos mais tranquilos, seríamos mais solidários
Não levamos nada, tudo deixaremos, nem mesmo a ilusão de que somos poderosos nos acompanhará.
José Silva Costa
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