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Natureza à Escuta Antologia de Poesia Volume II
"Natureza à Escuta”!
A natureza é a beleza da nossa casa comum
Todos dependemos desse teto, para cada um
Um lugar, em que todos somos responsáveis pela sua saúde
Não adianta culpar este ou aquele, cada um tem de fazer a sua parte
Temos de assegurar o futuro, com engenho, ciência e arte
Tudo está nas nossas mãos, na nossa determinação, sem elas não há salvação
Ouvir todas as opiniões, escolher as melhores soluções, escutar o nosso coração
Paremos com a louca corrida do aumento da temperatura, porque estamos perto da
rutura
Mas, ninguém pense que a transição não tem muitas alterações e muitos custos
Vale mais lutarmos todos juntos, que mais tarde não conseguirmos conter os sustos
Temos como acelerador a juventude, que muitos não ouvem, porque querem, os
seus interesses, defender
Acautelar o bem comum, sem olhar para quem está a passar, é essencial e
determinante
Aproveitemos as tecnologias, sem medos nem receios, o mundo está cheio de freios
de diamante
O futuro é feito de sonhos, com humanismo, aventura e espirito desafiante
O maior desafio é vencer o imobilismo, há muito quem não goste de mudanças
Criamos hábitos, alterá-los é motivo de preocupação, não gostamos de andanças
Um engodo pode fazer-nos sair da hibernação
Um forte objetivo, uma boa explicação e uma boa governação
Podem fazer com que comecemos a ouvir e compreender a natureza
Com alegria, com determinação, com mais firmeza e sem tristeza
Vamos todos dar as mãos pelo planeta e pela natureza.
A minha participação na obra "Naturea à Escuta" - Antologia de Poesia, volume II, do Instituto Cultural de Évora
Uma obra publicada em versão e-book, sustentável e amiga do ambiente, pode ser lida em qualquer Continente.
Partilhas!
Foi dado um pequeno passo na igualdade da criação e educação dos filhos, pelos dois progenitores
Para que de uma vez por todas, os homens deixem de ajudar em casa, para passarem a partilhar a lida da casa
Uma das situações, em que os pais podem receber o ordenado por inteiro, é alternarem a guarda dos filhos, ficando em casa uma semana um, outra semana o outro
Uma maneira de tentar aliviar as mulheres para deixarem de ser, sempre, elas a carregarem com os filhos
Fazendo com que eles também saibam o que é criar e educar os filhos
Um bom sinal para os patrões, que preferem contratar os homens, porque não “perdem tempo” a cuidar dos filhos
Para os que despedem as mulheres, quando engravidam, não lhes renovando o contrato
Um incentivo à natalidade, fazendo com que as mulheres deixem de carregar o medo de engravidarem, porque podem ser despedidas, ou serem prejudicadas nas suas carreiras
Em suma, uma boa lei venham mais!
José Silva Costa
A escolha
Abril não floriu
O cravo não riu
Está tudo vazio
Estamos em casa, confinados
Por causa do contágio
Que nos pode levar ao frio
Neste ano sombrio
Em que o Mundo está parado
Como que o sistema que o faz rodar
Se tivesse avariado
Há quem esteja desesperado
É duro estar enclausurado
Mais duro é estar internado
Mais duro, ainda, é ficar parado
Num local inesperado
Sem retorno, nem bailado
É fácil falar!
Mas quem tem, no dia-a-dia
De angariar dinheiro, para ir ao supermercado
Só pode estar angustiado
Não pode ouvir o meu recado:
Não se precipitem
Porque a procissão ainda vai no adro
Mas este conselho só serve para quem está instalado
Quem nada tem!
Tem de escolher entre sair ou ficar em casa
Uma escolha difícil
Porque o estômago não pode esperar
Assim, têm de arriscar a vida
Porque promessas não enchem barriga
Temos de manter a distância social
Menos nos aviões!
Onde podemos viajar uns ao colo dos outros
Os políticos um dia dizem para ficarmos em casa
No dia seguinte dizem para sairmos
Para gastarmos, porque a economia não pode parar
Em quem podemos acreditar!
José Silva Costa
9 de Março
Este ano, o 8 de Março teve mais visibilidade
Porque estamos em ano de eleições
Os políticos sabem muito bem aproveitar as ocasiões
Não sei de quem foi a ideia das casas de abrigo!
Até podem ter sido úteis
Mas, hoje, não fazem sentido
Por que razão, terão de ser as mulheres, com os filhos nos braços,
a fugirem do lar, para casas de abrigo!
Sujeitando-se a um duplo castigo
Deixando para trás tudo: as escolas dos filhos, os amigos, o doce lar
Tendo de andar escondidas e explicar aos filhos, por que não podem, para casa, voltar
Para que os agressores possam, no lar, ficar a, novas agressões, preparar
Se existem dispositivos para se saber quando eles se aproximam delas
Não se compreende por que terão, as mulheres e as crianças, de abandonar o lar!
E não venham dizer que eles, as pulseiras, têm de autorizar, a colocar
Por que, ainda assim, poderiam escolher, entre a pulseira ou a prisão preventiva, na hora
Como acontece com outros crimes, que nem sequer põem em risco, a vida!
É tudo uma questão de leis, que protejam as agredidas e as crianças, e não os agressores!
Muitos juízes determinam que os pais podem ver os filhos, com o que concordo, mas ficam a saber onde fica o esconderijo
Portanto, há muito para fazer, para além da coordenação das diversas entidades e do dia de Luto Nacional.
José Silva Costa
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