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Incêndios!
Todos os anos, o martírio!
O mesmo sufoco sem dormir
As sirenes dos Bombeiros a ferirem-me os ouvidos
As chamas a progredirem nos ecrãs das televisões
As populações afogueadas, com receio de perderem as casas
Sem pensarem nas suas vidas
Ninguém quer perder a casa, antes de perder a vida
Mãos assassinas a acenderem fósforos
Mulheres e homens, apertados nas suas fardas, a correrem para o perigo
Sem hesitarem, sem pensarem nas suas vidas
Todos os anos, tantas vidas perdidas
Tantas árvores ardidas
O trabalho de uma vida queimado, num fósforo!
Como é que vamos acabar com este triste fado!
Todos os anos o mesmo estado
Tanto quilómetro queimado
Tanto avião fretado
E muito fogo ateado
O país mobilizado!
Mas basta um churrasco mal pensado
Ou um frango mal assado
Para queimar vidas e três Concelhos
Temos de ser mais cautelosos
O melhor é mesmo acabar com os fósforos
Ou metê-los num cofre
No cofre da nossa cabeça
Com um cadeado a dizer: não acender
Porque este país já não tem mais nada para arder
José Silva Costa
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