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Guerra na Ucrânia
Ucrânia, o mundo está contigo!
Todos repudiamos o hediondo crime
Da tua destruição e extermínio da tua população
Ninguém pactua com agressões
As divergências resolvem-se com conversações
Queremos continuar a ser livres, sem opressões
Temos de ser solidários em todas as ocasiões
Vamos continuar a apoiar-te até expulsares o invasor
Que tem de ser presente à justiça, para ser punido
O castigo tem de ser exemplar
Para que mais nenhum ditador se julgue dono do Mundo
Por muito poder que tenha, não pense que pode fazer o que quer
Às Nações Unidas têm de obedecer
Para que não se repitam barbáries como a que está a acontecer
Cegos pelo poder, as maiores atrocidades podem cometer
Comandados pelo ódio, humanos deixam de ser
Com as mãos ensanguentadas e a vista perturbada são incapazes de ver
Que todo o mundo os está a combater
Para tentar que não continuem, horrendos crimes, a cometer
Será, assim tão difícil de perceber, que todos temos o direito de viver?
Que temos de ser solidários, para que todos, aqui, possamos caber
Sei que há quem isso não consiga entender
Que ache natural, deixar o irmão, à fome morrer
Mesmo que desperdice o que ao outro, o faria viver
Só por que nasceu rico, experto, inteligente, ganancioso ou poderoso.
José Silva Costa
Amor & guerra (7)
A Companhia do Carlos continuava a travar duros combates, na tentativa de conseguir empurrar os guerrilheiros para fora de solo angolano. Mas, não estava a conseguir, porque as forças estavam muito equilibradas. As atrocidades eram muitas, de parte a parte
Miquelina estava muito preocupada, com o Carlos, tinha sonhado que ele tinha sido ferido. Não havia meio de chegarem notícias, o que também não adiantava, porque tudo podia acontecer de um segundo para o outro
Já lhe tinha mandado as duas bonitas fotografias, em que estava ela e o Miguel.
Estava tão feliz, só gostava de ver a reação, do Carlos, quando recebesse as fotografias
Januário não deixava de pensar na Bárbara, sem saber como teria terminado o parto, ainda não tinha tido oportunidade de passar pelo seu estabelecimento, para saber se as empregadas já sabiam alguma coisa da Bárbara
À Barbara e à bebé valeram-lhes a muita experiencia das freiras. Já tinham dado assistência a muitos partos difíceis, fazendo com que tivessem aprendido muito e estivessem aptas a assistir a partos muito complicados
Ambas tiveram de ficar uns dias, na Missão, até estarem em condições de irem para casa, tempo que as freiras aproveitaram para lhe irem ensinando como cuidar da bebé
A Bárbara estava-lhes muito grata por terem conseguido ajudá-la, naquele parto tão difícil, e tudo ter terminado bem. Nunca esqueceria o momento de felicidade e alegria, quando lhe colocaram, a linda bebé, nos braços
Da Missão, já tinham informado as empregadas do dia, a partir do qual elas podiam sair. Por vezes ficavam mais uns dias, porque não havia comunicações, nem transportes
Por coincidência o Januário passou pelo estabelecimento, no dia em que receberam a notícia do dia em que elas podiam deixar a Missão
Assim que soube o dia em que elas sairiam, pediu ao Comandante, se poderia ir busca-las, utilizando uma viatura militar
Obteve de imediato a autorização, o que fez com que ficasse muito feliz. Queria surpreendê-la dizendo-lhe que a amava, pedir-lhe namoro, afiançar-lhe que criaria aquela bebé, como se fosse filha dele, tanto para lhe dizer! Mas, teria de ficar para uma oportunidade que estivessem a sós
Entretanto o Carlos recebeu a carta com as duas fotografias, ficou uns minutos a contempla-las, estava radiante, O Miguel e a Miquilina eram lindos, pensou na sorte que tivera em arranjar uma namorada tão bonita, e o Miguel era a cara dele, tão bonito!
Quando se encontrou a sós com o camarada, que tinha posto em causa a sua paternidade, puxou das fotografias e disse-lhe: “está aqui a prova”
Continua
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