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Lisboa!

por cheia, em 22.09.22

Lisboa!

Ruas estreitinhas

Fados antigos

Colinas com postigos

Bairros contíguos

Muitas colinas despidas

Elevadores estendidos

Estrangeiros aos montes

Já não há fontes

Tudo muito sofisticado

Tudo embalado

Já não há azeite, arroz, açúcar, avulso

Já ninguém sobe a pulso

Os presos sonham com um indulto

Decretaram três dias de luto

Há quem ache que é um insulto

Está tudo tão mudado!

Já não há burros, nem palha

Nada falha

No bairro alto vendia-se amor

Agora, o barulho é um horror

O futebol era uma festa

Hoje, é um campo de batalha

Os adeptos têm de estar em campos opostos

As famílias, cujos membros não sejam todos do mesmo clube

Não podem ver os jogos juntos!

Cada um tem de ir para o seu campo de luta

Ao ponto a que chegou o futebol!

Minha Lisboa, minha princesa, ninguém tem tanta beleza

Como tu, eterna noiva do Tejo.

José Silva Costa

 

 

 

 

 

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publicado às 07:58

Olhos encantadores!

por cheia, em 12.09.22

Olhos encantadores!

Formosos olhos, que encantaram os meus

Que toldaram os céus e o sol

O momento em que te vi, nunca mais o esqueci

Todos os dias corro atrás de ti

Queria-te dizer quanto te amo

Mas, tu não ouves os meus lamentos

Passam por ti como os ventos

São terríveis os momentos

Em que tento captar a tua atenção

Mas todas as tentativas têm sido em vão

As mulheres são como o pão

Para o conseguir, mil voltas se dão

Um dia finjo que perdi a visão

Vou contra ti, como quem perdeu o pé

Flutua ao sabor das ondas e da maré

Esperando que me salves e me dês fé

Que me ressuscites para a vida

Que compreendas que sou a outra metade de ti

Que não poderemos viver um sem o outro

Que o amor é mais forte que o sol-posto

Que é tão lindo o teu rosto!

Capaz de ensombrar o luar de Agosto

Que nunca mais ficaremos longe um do outro

Que só a morte nos separará a contra gosto.

 

 

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

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publicado às 07:56

Os céus

por cheia, em 17.03.22

Os céus!

 

Os céus estão revoltosos, de cor de fogo

Este inverno parece um inferno

Os elementos revoltaram-se contra os tristes eventos

Não há rosas, nem suaves momentos

Só tempestades e ventos!

Não há brilho, nem sol que nos aqueça

Que despedida mais avessa!

De quem passou, quase todo o tempo, com uma promessa

De que seria um inverno vestido de Primavera

Mas, o homem rasgou a razão e avançou com o canhão

E, os tempos não ficaram indiferentes

Foram ao mal buscar as sementes

Para castigarem todas as gentes

Que colaboraram com mentes doentes

A esperança é que chegue depressa a Primavera

Que traga perfume e amor, e leve a guerra

Que os céus voltem a brilhar, sem poeiras, nem bombas

E se encham de pombas brancas

Que vença a paz!

Já que o homem não é capaz

De olhar para o outro como irmão

Tanto ódio, tanta violência, tanta destruição

Em vez de um abraço e um aperto de mão!

 

 

José Silva Costa

 

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publicado às 08:00

Flores

por cheia, em 08.03.20

Mulher

 

Mulher! Enigma difícil de ler

Deusa do meu saber

O teu ventre me fez nascer

Magia do teu poder

Como te agradecer!

Tu és fogo, terra, água

Sol a amanhecer

Rio a correr

Colo de saber

A amamentar a vida

Perfume que me inebria os sentidos

Lume que me queima as entranhas

Companheira

Flor dos nossos frutos

Porto de abrigo

Onde ancoramos o tempo

Tu és o brilho do sol

Suave e doce

Como a Primavera em flor

Para todas as mulheres

Todas as rosas.

 

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

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publicado às 16:27

Rosas!

por cheia, em 11.02.20

Rosas de Maio

 

Rosas de Maio

Tanto amar

Ventos do sul

Tanta dor

 

Tanto perfume

No chão, derramado

Por rosas de fogo

No Alentejo, queimado

 

Rosas de Maio, por que chorais?

Se todos os anos voltais

Com novos perfumes, mais …..

Só, as humanas não voltam mais!

 

Rosas de ventre inchado

Trarão ao mundo

Tanto bebé inacabado

Que, com leite e ternura, será criado

 

Rosas, por que me deixais?

Triste, sozinho, abandonado

À espera do dia prometido

O dia perfumado

 

Rosas, rosas de Maio

O mês mais perfumado

Por que não vindes, todos os meses?

Trazer-me novas e perfumes do meu amor.

 

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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publicado às 08:22

Frio!

por cheia, em 27.01.20

Frio!

No vazio do frio

A lua sorriu

Unimos os nossos corpos

Galgamos os sótãos

Acasalámos os sonhos

Aquecemos o futuro

Na ilusão de uma lareira

Sentados numa cadeira

Dormimos a noite inteira

Como se estivéssemos nas asas do vento

Tudo tão calmo, reconfortante, suave

Os nossos corpos estavam leves como penas

Rodopiamos no espaço como se fossemos pássaros

Foi um sonho, só podia ser!

Para acordarmos ao entardecer

Antes da noite cair

Abraçados, sempre a sorrir

Como se séculos tivessem passado

Beijamo-nos, e o encanto ficou acordado.

 

José Silva Costa

 

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publicado às 18:54

Amanhã!

por cheia, em 10.12.19

O futuro

Amanhã não será Verão!

Amanhã será dia de te dar a mão

Vamos construir o nosso futuro

Que, como qualquer outro projeto

É um salto no escuro

Estamos confiantes de que o nosso está nas nossas mãos

Será que o conseguimos segurar!

Ou vai, por entre os dedos, esgueirar-se!

Amanhã, de mãos dadas, vamos colher uma flor

Para perfumar o mosso amor

Que com a passagem dos anos, não pode perder a cor

Temos de saber alimentá-lo, para que nunca esmoreça

Se mantenha vigoroso dos pés à cabeça

Para que consiga aguentar o desgaste do tempo

O cansaço do presente, a rotina de ser diferente

A alegria de nos abraçarmos em frente de toda a gente

Amanhã, com ou sem descendente

Vamos caminhar firmemente

Abraçar o futuro, viver o presente.

 

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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publicado às 19:24

O momento!

por cheia, em 06.07.19

Na silhueta de quem traz a salvação

Oiço o barulho do clarão

Os lábios aceleram o bater do coração

Os olhos trocam mensagens de emoção

O sol e a lua já sabem a nossa reação

Vamos de encontro à sedução

Os corpos parecem um vulcão

Ardem como estrelas, sem solução

Amanhã consertamos o coração

Porque sem ele não há continuação

A vida pode esperar por outra estação

Nós é que não podemos perder a ocasião

De viver o amor desta paixão

Que arde como estrelas, sem solução!

José Silva Costa

 

 

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publicado às 23:33

Canções!

por cheia, em 15.05.19

O festival da canção

A Europa vestiu-se a rigor

Para ouvir e ver os seus cantores

Foi maravilhoso ver os casais a beijarem-se

Expressando todo o amor

Numa festa em que a Europa confraterniza

E a torna, uma vez no ano, mais unida

É bom dar lugar ao amor, à alegria, à vida

Todos deram o seu melhor, para chegar à final

Mas, só alguns conseguiram passar

E, no fim, só um vai ganhar

O principal é dizer presente, participar

E orgulhar-se de contribuir para, milhões no mundo, alegrar

Não vale a pena desesperar

A vida é feita de vitórias e derrotas

E, para o ano podemos voltar a tentar

Só a paz permite estas realizações

Onde cabem todos os corações.

 

José Silva Costa

 

 

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publicado às 21:06

Poesia

por cheia, em 21.03.19

No dia Mundial da Poesia

Desabrocha uma flor

Nasce um novo dia

Cheio de perfume e amor

Renasce a Primavera.

Se a beleza da Natureza

Está na harmonia das suas cores!

Por que razão, entre os homens

Há tantos rancores?

Porque não conseguimos ver

A alegria que há, no sorriso de uma criança

Quando as flores sorriem

Renasce uma nova esperança

De um Mundo melhor

Sem egoísmos, nem racismos

Porque, “toda a gente é Pessoa”!

 

José Silva Costa

 

 

 

 

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publicado às 22:46


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