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Poder & vaidade

por cheia, em 13.02.23

 

Terramotos e guerras

 

Tanta morte, tanta dor

Muitos milhares de mortos, um horror!

Tanta destruição, em mais de uma nação

Numas é a loucura dos homens, com a sua desmesurada ambição

Noutras são as leis da natureza ajustando as suas posições

Sem quererem saber dos prejuízos, dos aís e das aflições

Sem quererem saber se são homens, mulheres, crianças ou mães

Os que não morrem ficam em terríveis condições

Sem casa nem pão, ao frio, na escuridão, à espera do que lhes darão

Não nos chegavam as desgraças que não dependem da nossa mão?

Por que razão as armas conseguem exercer tanta sedução?

Porque têm o poder que todos queremos ter

Ser mais forte que o outro, poder mandar, poder ser admirado, respeitado

Não por o que sou, mas pelo poder que tenho, pelo medo que consigo transmitir

Pelo mal que posso provocar, e de que muitos se conseguem orgulhar

E não vale apena apelar a mudanças para que todos sejamos humanos

Porque tem sido assim ao longo dos séculos, sem grandes alterações

Quando já estávamos esperançados que a Europa tivesse aprendido alguma coisa com as Grandes guerras, voltou a loucura, a destruição, a dor, a morte…………

Com falsos pretextos de que se sentem intimidados, de que vão socorrer quem quer uma parcela de terreno, para poder ser Presidente, nem que para isso tenha de matar muita gente

Estamos sempre prontos para apoiar guerrilhas de independências, de separações, nem que sejam de Freguesias, não para melhorar a vida das pessoas, mas para alimentar as nossas vaidades

Quem é que não quer ser Presidente, seja do que for?

Como se o diálogo não servisse para nada, e muitas vezes não serve, porque quem tem o poder mantem a arrogância de não responder. É tão bom mandar!

Quando assim é, só o som das armas o consegue acordar

Depois, o difícil é calá-las!

 

José Silva Costa

 

  

 

 

  

 

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publicado às 07:50

A Pragem

por cheia, em 30.03.20

A paragem

O Mundo parou, para pensar

Há qualquer coisa de muito estranho, no ar

Este ano veio-nos acordar

Do nosso individualismo sonolento

Da nossa ambição desmesurada

De tanta coisa, ao longo dos anos, acumulada

De um frenesim de vida enviesada

Quisemos ir além da estrada

Montámos uma pirâmide desequilibrada

De cima comandada

Por quem só sabe duas palavras: mais lucro

É bom que admitam, que este modelo acabou

Foi um sonho, que não resultou

Foi a nossa inconsciência e arrogância, que o matou

Vamos, certamente, aprender a lição

Vamos tentar reparar a avaria

Mas não pensem voltar a uma harmonia, que não existia

Temos, com humildade, de compreender

Que fazemos parte de um todo

O Cosmos!

Que não o podemos sacrificar em nosso proveito

Fomos longe demais

Quando a paralisação acabar

Vamos recomeçar, mas de um outro patamar

Pondo em prática, o muito, que esta paralisação nos veio ensinar

Aproveitando a informática, para outros voos dar

Para não mais, os recursos desperdiçar.

 

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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publicado às 09:00


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