Voltar ao topo | Alojamento: Blogs do SAPO
Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Flores de verão
O sol acende o brilho das flores
Os namorados acendem um beijo
Num canteiro escondido e perfumado
Esquecem-se que o dia está quase terminado
Para a lua embevecida, nem um olhado
Absortos no seu beijo estrelado
Não viram o mundo passar a seu lado
Ficaram presos na melodia de um fado
Como se a vida se tivesse esgotado
Não deram pela presença do sol, acordado
Só quando um sorriso apressado
Lhes entrou no peito, cansado
Os braços se abriram, mostrando o seu estado
Acordando-os do sonho encantado
Abandonaram o banco, pelo perfume esmagado
Caminharam de braço dado
Por todo o jardim, de lado a lado
Alimentando-se do perfume inalado
Como quem vive do olhar do seu amado
De um encanto nunca acabado
Numa casa com o teto enfeitado
E flores como telhado
Onde repousa o ar, parado
Como é bom viver enamorado!
José Silva Costa
Juventude
Verdes anos
Primaveras floridas
Perfume de jovens vidas
Os olhos são avenidas
Por onde passam as cantigas
Ponto de encontro dos namorados
Nos dias perfumados
Com minutos cronometrados
Porque os beijos são apertados
Os dias não estão parados
Mal nascem, já estão acabados
São tão curtos para os namorados
Que têm de lidar com eles com todos os cuidados
Para não quebrarem o encanto dos amados
Nos mal-entendidos apressados
Que tropeçam na pressa do tempo
De quem julga ter respostas
Para todas as questões
Como se o mundo fosse simples
E não tivesse ambições
Cheias de contradições.
José Silva Costa
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.