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Despedida
O verão está a despedir-se, este ano, abruptamente
Com chuva, que é muito bem-vinda, mas a destruição, não
O clima está muito doente, como tem mostrado, por todo o lado
Tão depressa está tudo a arder, queimando o que levou anos a crescer
Como tudo engole, com a força a força da água mole
Valha-nos o sol que, mesmo quente, parece não estar tão doente
Que continua a fazer germinar a semente
A amadurecer tudo, a iluminar o dia e a alegrar a nossa mente
Com o tempo doente ou não, temos de seguir em frente
Os que conseguem sobreviver a tantas calamidades
Que destroem tudo, incluindo vilas e cidades
Que não escolhem idades, utilizando todas as brutalidades
Como que a castigar-nos pelo desrespeito pela Natureza
Que, cada vez, nos presenteia com fenómenos de maior dureza
Será que conseguiremos aprender alguma coisa com a sua clareza?
Ou contentar-nos-emos com tanta perda de riqueza
Com meio mundo a morrer de pobreza
Sem sabermos o que fazer, sem termos nenhuma certeza
Num tempo em que a inteligência artificial sabe tudo
Por que razão não lhe perguntamos como poderemos acabar com o que nos aflige:
As guerras, a fome, as doenças, a ganância, as desigualdades, as calamidades, o orgulho
Tanta coisa, tanto sofrimento, para tão pouco tempo
Aproveitemos para melhorarmos o nosso comportamento
Enquanto, ainda, estamos a tempo
Se queremos evitar maior sofrimento
Não perdendo o resto do alento.
José Silva Costa
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