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25 de Abril, 24
Em 50 anos muito envelheceste
Já te querem reformar, mesmo que o tempo, para a reforma esteja a aumentar
Ao 24 de Abril, querem regressar, para à “família tradicional” regressar
Ninguém está a querer casar!
E, mais, não só não querem casar, nem filhos criar, quanto mais a casa dos pais abandonar
Uma vez que não ganham o suficiente para uma casa alugar ou comprar
O que eles querem é viajar, mesmo que alguns sejam contra as energias fósseis
Hoje, a prioridade dos jovens é viajar. Os portugueses, mesmo com baixos vencimentos, ou não estando, ainda a trabalhar, dão-se ao luxo de irem fins-de semanas seguidos, por essa Europa fora, com o pretexto de irem visitar amigos/as, que estão a fazer Erasmo, ou sem pretexto
Assim, como é que vamos voltar à ” família tradicional” dos 15 filhos?
A não ser que façamos como o Estado Norte Americano do Arizona, que recorreu a uma lei de 1864, para proibir, também, o aborto em casos de violação ou incesto
A educação sexual, nas escolas, não avança por que razão?
També tem a ver com a “família tradicional”, é que as doenças venéreas estão a aumentar?
Em Espanha já soou o alarme, vão distribuir preservativos aos adolescentes, para que não digam que não os utilizam, porque não têm dinheiro para os comprar
Não queiram voltar ao fado estafado: “quanto mais me bates, mais eu gosto de ti”
José Silva Costa
Amor & guerra (11)
Em 1963, o país estava muito atrasado. Só tinha Universidades em Lisboa, Coimbra e Porto
O ensino estava dividido em ensino: Liceal, Industrial e Comercial
Uma década depois, (1973) as empresas continuavam a não ter, no mercado, trabalhadores com as qualificações de que necessitavam
Algumas grandes empresas tinham escolas próprias, para formarem os seus quadros, fora do horário de trabalho, dando preferência aos adolescentes, que contratavam a partir dos doze anos
Assim, como também tinham colónias de férias, para os filhos dos seus trabalhadores
No litoral Sintrense havia três grandes colónias de férias, para os filhos dos trabalhadores das empresas: Caminhos de Ferro Portugueses, Shell e Companhia União Fabril
Tínhamos, como hoje, bons técnicos, mas que não sabiam falar línguas, o que causava problemas às empresas portuguesas, representantes de fabricantes de eletrodomésticos e outros equipamentos, que pediam, aos seus concessionários, técnicos para estagiarem nas suas fábricas
Os institutos de língua inglesa tinham como alunos, muitos técnicos, que precisavam de saber inglês, para fazerem formação nas fábricas dos produtos, que os seus patrões vendiam
O país consumia uma grande parte dos seus recursos, nas guerras de Angola, Guiné e Moçambique
O Carlos tinha a perna esquerda, abaixo do joelho, esmagada, transferiram-no para o Hospital Militar, em Lisboa, onde lhe amputaram a perna, abaixo do joelho
Os pais foram informados de que o filho tinha sido ferido em combate, mas que estava livre de perigo e internado no anexo do Hospital Militar, em Lisboa
A Miquelina não foi informada, porque o nome dela não constava na informação, pedida a cada militar, para indicar quem queria que fosse informado, caso acontecesse algum problema grave
Estava desesperada, já tinha passado mais de um mês, e ele não dizia nada:” teria morrido, estaria ferido, como é que poderia saber?”
Já tinha pensado em pedir-lhe os nomes dos pais, a sua morada, o seu contato. Mas esperava que fosse ele a tomar essa iniciativa, porque os acidentes acontecem, mas não queremos falar neles, com medo, porque somos surpersticiosos
Os pais aconselharam-na a telefonar para o Quartel-General. Quem a atendeu disse-lhe que era muito difícil ajudá-la, porque o nome dela não constava no documento que foi apresentado ao Carlos, para escrever quem é que queria que fosse informado
Mas, a Miquelina não se deu por vencida, contou a quem estava do outro lado do telefone, o que tinha acontecido: que era namorada dele, que tinha ficado grávida dele na véspera do embarque, que tinha um filho dele quase com dois anos, e tinha cartas onde ele dizia que aperfilharia o filho
Aconselharam-na a ir ao Quartel-General, com as cartas, para ver se conseguiriam ajudá-la.
Continua
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