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Os deserdados

por cheia, em 20.05.18

Dois milhões e meio!

 

Cada vez o fosso salarial nas empresas é maior

Os do topo todos os anos se aumentam

Enquanto os da base são esmagados

Anos e anos sem qualquer aumento, a não ser de trabalho

Ameaçados pelo flagelo do desemprego

Pressionados pelos que todos os anos são aumentados

Para que os lucros cresçam desmesuradamente

Para contentamento dos acionistas, que querem bons dividendos

Muito apostados no capitalismo selvagem

Sem rosto, sem qualquer preocupação de solidariedade

Como se os trabalhadores fossem máquinas

Que nada têm beneficiado com o avanço das novas tecnologias

Que os têm amarrado às empresas, vinte quatro horas por dia

Com grande prejuízo para o convívio das famílias

Em Portugal as disparidades ainda são maiores

Dois milhões e meio de pobres!

São muitos pobres para um país pequeno

Com tantos pobres, os ricos deveriam sentir-se vexaados

Ninguém viverá feliz, de esfomeados, rodeado

Só os defensores da caridade se devem sentir realizados

A nossa miséria já é endémica

Quinhentos anos de misericórdias

Muitos bancos alimentares

Não conseguiram, a fome, afugentar

Ou será que a estão a fomentar?

Acabem com as muitas associações de caridade

Estamos fartos de fomes, de mãos estendidas com chapéu na mão

Numa subserviência de quem não tem direito a pão, habitação, trabalho, justiça

Na segunda débil idade, é doloroso passar os últimos dias

Sem dinheiro para medicamentos, para aliviar as dores.

 

 

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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publicado às 18:40


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