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Junho
Junho, mês dos Santos Populares
Das marchas e dos manjericos
Dos arrais e dos petiscos
Da sardinha assada e bailaricos
Das férias, da praia e namoricos
Verão, calor, sabor a sal
Um mês de muito sol e alegria
Para receber o verão com toda a energia
Muita folia e magia nas noites quentes
Felizes dias e bons ambientes
Para regozijo das gentes
Mostrando que as sociedades recreativas estão vivas
Que as cidades não estão perdidas
As saudades continuam entretidas
Ao sabor das correrias das vidas
Tão disputadas pelas audienças
Tanta concorrência!
Não faltam bons eventos
O difícil é escolher
Um mês que convida ao lazer
O muito que os nossos olhos querem ver
A impossibilidade de tudo usufruir
As férias porvir
O cansaço já se está a sentir
O descanso demora a sorrir
O verão proporciona convívio e encontros
Matar as saudades e os amigos abraçar.
José Silva Cos
Chuva de estrelas!
Do céu caíam lágrimas
Na noite estrelada
Os teus olhos eram rosas perfumadas
Na noite iluminada, tu eras a estrela
Nos teus rubros lábios rolavam cerejas
Atraentes, deliciosas, desejadas
Quanto mais as beijava
Mais crescia o desejo
Que encantadores beijos!
Na frescura da ardente boca
A saciarem o fogo da Lua-cheia
Mas, quanto mais te beijava
Com mais fome ficava
Nada conseguia apagar aquele calor
Nem a noite fria, nem a água que, no rio, corria
Foi a noite mais curta!
Quando o sol nasceu
Ainda da tua boca
Água doce corria
Por que razão é que não há
Chuva de estrelas, todos os dias?
Para dormirmos nos beijos um do outro
Até o sol nos acordar
Para começarmos, de novo, a namorar
E passar o dia no doce teu olhar
Até a lua nos voltar a abraçar.
José Silva Costa
Longe!
Na bruma do horizonte
Não vejo mais o monte
Onde te vi, minha fonte
Radiosa, de olhos de mel
Que lavam a minha alma
Que me olham de tão longe
Sem que possamos de perto, ver
Olhos nos olhos, o amanhecer
Para de perto saber
Que continuas a gostar do entardecer
Mesmo que não o possamos abraçar
Juntos, por termos de respeitar o distanciamento
Sigo-te a todo o momento
Mas, não te posso beijar, em nenhum momento
Dias, meses, há mais de um ano, não aguento!
Quando é que acaba este tormento!
De te ver de longe, ao relento
A pedir ao vento
Que nos junte, para sempre, todo o tempo
Meu amor, minha flor, há tanto tempo!
Que não nos podemos beijar, abraçar, ver o olhar.
José Silva Costa
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