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Comendadores
Comendadores, pessoas de muitos valores
Muitas vezes acumulados à custa dos que não têm a ambição de serem comendadores
Enquanto os comentadores vivem em bons palácios
Os que lhos constroem vivem a enganar a fome
Aqueles que nasceram com a arte de ganharem muito dinheiro
Espezinhando os outros, querem ser admirados, como se fossem deuses
A vaidade e a ambição não têm, por ninguém, contemplação
Joe Berardo, que em África, fez jus a “em terra de cegos, quem vê é rei”
Conseguiu uma fortuna, deixou África, e veio, para o seu país, pavonear-se
Criou um Museu de Arte Moderna, e teve a arte de alugá-lo ao Estado
Ambicionava ser dono de um Banco
Viu, na compra do Banco Comercial Português, um futuro estrelado
Não tendo dinheiro para alcançar o sonho
Recorreu ao dinheiro do Estado
À Caixa Geral de Depósitos, pediu, muito dinheiro, emprestado
Para comprar as ações do BCP
Mas a ambição desmesurada deu para o torto
O valor das ações deu um grande trambolhão
E, o comendador deixou-nos um buraco de duzentos e oitenta milhões
Que já pagamos, com muito suor, perda de emprego, de casa e de carros
Porque, em último caso, através dos nossos impostos, nós somos a garantia real
Para alimentar os sonhos, as vaidades de alguns
Todos, os que levaram Bancos à falência, continuam a pavonear-se com as medalhas ao peito
Sem que a justiça os consiga prender
Os administradores eram: Carlos Santos Ferreira, Maldonado Gonelha, Armando Vara, Celeste Cardona, Francisco Bandeira, José Ramalho, Norberto Rosa, e Vítor Fernandes
José Silva Costa
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