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2 Governos!

por cheia, em 25.04.24

2 Governos!

25 de abril de 2024

50 Anos!

Corrupção!

Foram precisos 50 anos de democracia, para que a corrupção provocasse a interrupção de duas legislaturas, fazendo com que 2 Governos caíssem: O Governo da República e o Governo da Região Autónoma da Madeira

Cada vez que uma legislatura não é cumprida, o país sofre graves prejuízos. Mas, estas são, ainda, mais graves, porque temos um PRR para executar, cujo prazo termina a 31/12/2026

Este PRR tem contrapartidas, que têm de ser aprovadas no Parlamento. Como, com eleições, certas leis não são populares, não foram aprovadas, o que faz com que tenhamos 713 milhões de euros, parados em Bruxelas

Assim, enquanto os nossos parceiros se preparam, para o futuro, nós marcamos passo: é o nosso fado

Durante todos estes anos, os políticos tentaram esconder a corrupção, sempre que são confrontados com irregularidades, dizem que estão de consciência tranquila.  

Menac foi “desenhado para não funcionar”

Em declarações à Antena 1, João Paulo Batalha, da Associação Cívica Transparência e Integridade, diz que a culpa é da própria lei que criou o mecanismo e que foi desenhada para não funcionar.

“A inoperância do Mecanismo Nacional Anticorrupção foi desenha na própria lei que o criou. Esta obrigação de ter de recrutar noutras áreas da administração pública – para além de levantar este problema de os órgãos onde as pessoas estão poderem não as deixar sair – levanta outro problema que é saber se na administração pública há pessoas ‘apetrechadas’ nestas áreas – e na maior parte dos casos não temos”, aponta.

João Paulo Batalha acusou o poder político de nunca ter estado interessado em combater a verdadeiramente corrupção, tendo criado o Menac, apenas, para mostrar serviço.

Não é um defeito, é o feitio do organismo, foi assim que ele foi desenhado e responde a uma prioridade política que é a de demonstrar serviço, criando novos organismos, novas leis, mas depois não apetrechando minimamente as instituições que ficam responsáveis por fazer cumprir essas leis”, teceu. (ZAP)

 

 

Para responder aos que nos querem enganar com as escolhas, numa sondagem, sobre os atrasos nas cirurgias, oitenta por cento responderam que preferem esperar para serem operados no Serviço Nacional de Saúde, em vez de utilizarem os cheques, para irem aos privados

Não precisamos de baixa de impostos, cujo os valores, por serem tão pequenos, não aquecem nem arrefecem, o que precisamos é de melhores ordenados e pensões, de serviços públicos, eficientes, para todos.

Os Liberais querem baixar os impostos, para acabarem com o Estado Social, previligiando o individualismo, em vez da solidariedade, reduzir o investimento nos serviços públicos, para entregar o melhor negócio da  atualidade: a saúde, aos privados, e isso fez com que Rui Rocha não tivesse chegado a acordo com Montenegro.  

Viva Abril!

José Silva Costa

 

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publicado às 07:50

A família!

por cheia, em 12.04.24

25 de Abril, 24

 

Em 50 anos muito envelheceste

Já te querem reformar, mesmo que o tempo, para a reforma esteja a aumentar

Ao 24 de Abril, querem regressar, para à “família tradicional” regressar

 Ninguém está a querer casar!

E, mais, não só não querem casar, nem filhos criar, quanto mais a casa dos pais abandonar

Uma vez que não ganham o suficiente para uma casa alugar ou comprar

O que eles querem é viajar, mesmo que alguns sejam contra as energias fósseis

Hoje, a prioridade dos jovens é viajar. Os portugueses, mesmo com baixos vencimentos, ou não estando, ainda a trabalhar, dão-se ao luxo de irem fins-de semanas seguidos, por essa Europa fora, com o pretexto de irem visitar amigos/as, que estão a fazer Erasmo, ou sem pretexto

Assim, como é que vamos voltar à ” família tradicional” dos 15 filhos?

A não ser que façamos como o Estado Norte Americano do Arizona, que recorreu a uma lei de 1864, para proibir, também, o aborto em casos de violação ou incesto

A educação sexual, nas escolas, não avança por que razão?

També tem a ver com a “família tradicional”, é que as doenças venéreas estão a aumentar?

Em Espanha já soou o alarme, vão distribuir preservativos aos adolescentes, para que não digam que não os utilizam, porque não têm dinheiro para os comprar

Não queiram voltar ao fado estafado: “quanto mais me bates, mais eu gosto de ti”

 

José Silva Costa

 

 

 

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publicado às 08:39

Ficou a nossa Língua!

por cheia, em 01.01.21

As Mazelas da Guerra

Continuação

Fatores

O derrube da ditadura deveu-se a vários fatores, um deles, segundo o jornal britânico The Guardian, foi o do Professor Veiga Simão, Ministro da Educação de Marcelo Caetano, ter conseguido fazer passar, no Conselho de Ministro, a lei que permitiu que se fizesse o 2º Ciclo Liceal ( 3º, 4º e 5º anos) por disciplinas em vez da Secção de Letras ou Ciências, para maiores de 18 anos, como alunos externos

Naquele tempo havia muitas escolas particulares, por toda a Lisboa

Na Escola Académica, só para o sexo masculino, no Largo Conde de Barão, em Lisboa, onde tive três professores extraordinários: de Português, Matemática e Ciências

O de Ciências tinha o programa memorizado, e dizia-nos: “ como não têm tempo para estudar, dito-vos o programa”

Obrigava-nos a escrever com uma tal rapidez, que nunca mais consegui escrever como deve ser

Ainda hoje, tomo notas, e quando vou passar para o computador, deparo-me com palavras que não consigo decifrar

A seguir ao 25 de Abril de 1974, vi-o, na televisão, a explicar como se podia distinguir o bacalhau do pixilim, uma vez que os comerciantes estavam a enganar muita gente

O de Matemática, um juiz do Tribunal Militar, reformado, aquando da apresentação disse-nos: “ quem estiver disponível sábado à tarde e domingo de manhã, e queira tirar dúvidas, estarei aqui, para demonstrar que a matemática não é um bicho-de-sete-cabeças.” 

O de Português, um Camoniano, vendia apontamentos de interpretação de Os Lusíadas

Andava a elaborar um dicionário de Os Lusíadas. Os primeiros segundos das aulas eram para dizer que enquanto os outros andavam a ler A Bola, ele andava a decifrar os Lusíadas

Como a aula dele era das 23 às 24 horas, quando entrava na sala de aula, já estávamos a dormir, para nos acordar recitava:” Estavas, linda Inês, posta em sossego/ De teus anos colhendo doce fruito ……..”

Quando cheguei de África, vi numa montra de uma livraria, o seu livro em destaque: Os Lusíadas, com dicionário de Manuel dos Santos Alves, entrei e comprei-o 

 Com a nova lei do Professor Veiga Simão, todos os que não tinham tido oportunidade de continuar os estudos, podiam fazer o 2º Ciclo Liceal (3º,4º e 5º anos) por disciplinas, muito mais fácil que ter de fazer todas as disciplinas de Ciências Letras ao mesmo tempo. O que fez com que muitos tivessem acesso ao curso de Sargentos e Oficiais Milicianos, contribuindo para engrossar os que defendiam a independência das Colónias

Ao contrário dos que vinham da Academia, que estavam mais ligados aos grandes grupos económicos cujos negócios dependiam muito dos territórios ultramarinos

A descolonização provocou a vinda de cerca de um milhão de portugueses, que viviam nas colónias, para Portugal, a quem erradamente chamaram retornados, uma vez que alguns nunca tinham estado em Portugal

Alguns vieram, apenas, com a roupa que tinham no corpo. A integração não foi fácil!

Como se pode imaginar, foram tempos muito difíceis, para quem, de um momento para o outro, se viu sem nada

Foi precisa uma ponte aérea gigantesca para os trazer para Portugal

Os Funcionários Públicos e os Bancários foram integrados. Os outros tiveram de se desenrascar

Para um país pequeno e pobre, acho que não correu muito mal   

Ultimamente, tem aparecido, principalmente, nas redes sociais, quem queira comparar ao 25 de Abril de 1974 ao 25 de Novembro de 1975

Não há comparação possível, o 25 de Abril entregou o poder ao povo, acabou com uma ditadura, um império de cinco séculos e uma guerra sem fim à vista. Deu origem a seis novos países e serviu de inspiração para a libertação de outros povos

O 25 de Novembro foi muito importante na consolidação da democracia. O 11 de Março de 1975 deu uma grande guinada à esquerda, tendo sido tudo nacionalizado, era inevitável voltar a colocar a revolução no rumo certo.

Quem ler estes relatos não deve deduzir que todos tiveram uma guerra como a nossa. A guerra não foi igual em todas as colónias, nem em todos os sítios. Infelizmente, em muitos locais, não podiam sair dos abrigos subterrâneos, porque choviam balas e granadas de morteiro, noutros foram as emboscadas, as minas, lutas corpo a corpo: Muitos horrores!  

Fim

José Silva Costa

 

 

   

 

  

 

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publicado às 08:00


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