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Bem-vindo, Outubro!

por cheia, em 03.10.22

Bem-vindo, Outono!

 

Como são bonitas as tuas cores!

Quentes, para nos aquecerem o olhar

São as cores das árvores

A despedirem-se dos nossos olhares

Vão despir-se, vão mudar de visual

Vão passar, o inverno, despidas

Para, na primavera, nos surpreenderem

Com as suas cores garridas, todas floridas

A deslumbrarem-nos, todos os dias

Como só a Natureza o sabe fazer

Para nosso inteiro prazer

Fazendo-nos, as tristezas, esquecer

Mostrar, que o mundo está sempre a mudar

Que se está, sempre, a renovar

Que haverá, sempre, um novo dia

A irradiar alegria, seja noite ou dia

Por muito que o dia nasça triste

Há, sempre, o sorriso de uma criança a crescer

E, o choro de outra a nascer

Para que o mundo não pare de correr

A renovação possa acontecer

E, possamos, com alegria, viver.

 

José Silva Costa

 

 

 

 

 

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publicado às 07:59

Outono

por cheia, em 23.09.21

Bem-vindo  outono

 

Chegaste nos braços da noite

Nas asas da lua cheia

Mal chegaste, escondeste o sol

Começaste a despir as árvores

Para que a primavera as vista de novo

Com a futura moda: a da Natureza!

Aquela que consegue combinar todas as cores

Todas as flores, com toda a harmonia

Como uma melodia: uma sifónia

Que nos embala todos os sentidos

Que nos transporta para o paraíso

Mas, quanto mais despes as árvores

Mais camadas de roupa visto

E quando te despedes e deixas-nos, ao inverno, entregues

Mais camadas de roupa visto

E a quantos mais invernos assisto

Mas camadas de roupa visto

É assim o outono da vida

Tão diferente do outono da Natureza!

Que todos os anos se despe

Para se voltar a vestir de beleza

De flores perfumadas

De novos, doces, frutos

De dias de lutos

De radiosos dias de sol

De radiosos dias de chuva

De novas vidas a darem vivas à vida!

 

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

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publicado às 08:34

Os jardins

por cheia, em 26.08.21

Os jardins

Nas avenidas das árvores

Passeias a beleza da Natureza

Admiras toda a sua beleza

Cada canteiro, cada árvore, uma certeza

Que o perfume tudo embeleza

Que harmonia, sem tristeza!

As árvores, os pássaros, as flores, na sua dureza

De uma vida parada na incerteza

Sem saberem se vai chover, se vai nevar, se vão viver na pobreza

Cada visitante tem no seu olhar uma delicadeza

Para cada cravo, para cada rosa uma fineza

Os idosos procuram os bancos, para descansarem da moleza

Onde tentam voltar a ser crianças e espantarem a tristeza

Enquanto as crianças, nas suas brincadeiras, exibem a esperteza

Os jardins são ponto de encontro de todos os encontros

São as casas dos pombos, dos namorados, dos abandonados

São palcos de alegria, de tristeza, de beleza e de ventos agitados

O que lhes vale é serem, pelos jardineiros, tão bem tratados

Os seus perfumes e flores são, por todos, muito admirados

São pelas plantas, pelos pássaros, crianças, mulheres e homens muito estimados

Os jardins, públicos, são um chão democrático

Onde todos podemos descansar das fadigas, das alegrias, do doce amar.

José Silva Costa 

 

 

 

 

 

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publicado às 07:52

Todos os anos!

por cheia, em 28.07.20

Incêndios!

 

Todos os anos, o martírio!

O mesmo sufoco sem dormir

As sirenes dos Bombeiros a ferirem-me os ouvidos

As chamas a progredirem nos ecrãs das televisões

As populações afogueadas, com receio de perderem as casas

Sem pensarem nas suas vidas

Ninguém quer perder a casa, antes de perder a vida

Mãos assassinas a acenderem fósforos

Mulheres e homens, apertados nas suas fardas, a correrem para o perigo

Sem hesitarem, sem pensarem nas suas vidas

Todos os anos, tantas vidas perdidas

Tantas árvores ardidas

O trabalho de uma vida queimado, num fósforo!

Como é que vamos acabar com este triste fado!

Todos os anos o mesmo estado

Tanto quilómetro queimado

Tanto avião fretado

E muito fogo ateado

O país mobilizado!

Mas basta um churrasco mal pensado

Ou um frango mal assado

Para queimar vidas e três Concelhos

Temos de ser mais cautelosos

O melhor é mesmo acabar com os fósforos

Ou metê-los num cofre

No cofre da nossa cabeça

Com um cadeado a dizer: não acender

Porque este país já não tem mais nada para arder

 

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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publicado às 07:48


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