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Agosto acabou
Com ele, as férias, levou
Ficam as recordações do mar, do sol …
Os cheiros dos bronzeadores e protetores solares
Os sonhos a serpentearem por entre as areias e as ondas do mar
Os dias descontraídos das férias, que desaparecem, como grão de areia, por entre os dedos
As praias voltam a ficar desertas, sem o colorido e correria das crianças
Sem a multidão, a procurar um palmo de chão, onde colocar a toalha
No meio de tanto coração
Ficam, de novo, entregues as gaivotas
Durante onze meses, durante os quais sonhamos voltar a conquistar-lhas
Volta a rotina do dia a dia: arrancar de madrugada, as crianças à cama
Interrompendo-lhes os sonhos e o sono
Depois de termos sido martelados pelo despertador
Que não deixa, nem por uns segundos, que o corpo fique acordado, a sonhar, a saborear As mulheres, voltam a ter de fazer
Muitas coisas ao mesmo tempo
No regresso de um dia de trabalho intenso
Enquanto fazem o jantar, ensinam aos filhos a tabuada e a contar
Pensam no dia seguinte, e o que fazer para o jantar, no que da arca tirar
Tanto que fazer e a roupa por engomar!
Cansadas, não tem tempo, nem vontade
Para, os dias, acariciar
Com tanta tecnologia, com máquinas que fazem tudo e nada
A vida continua, cada vez, mais atarefada.
José Silva Costa
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