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Na desesperação já repousava
O peito longamente magoado,
E, com seu damno eterno concertado,
Ja não temia, já não desejava;
Quando huma sombra vãa me assegurava
Que algum bem me podia estar guardado
Em tão formosa imagem, que o traslado
N'alma ficou, que nella se enlevava.
Que credito que dá tão facilmente
O coração áquillo que deseja,
Quando lhe esquece o fero seu destino!
Ah! deixem-me enganar; que eu sou contente;
Pois, postoque maior meu damno seja,
Fica-me a glória já do que imagino.
Luís de Camões
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