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Já a saudosa Aurora destoucava
os seus cabelos de ouro delicados,
e as flores nos campos esmaltados
do cristalino orvalho borrifava;
quando o fermoso gado se espalhava
de Sílvio e de Laurente pelos prados;
pastores ambos, e ambos apartados
de quem o mesmo Amor não se apartava.
Com verdadeiras lágrimas, Laurente
«Não sei – dezia – ó Ninfa delicada,
porque não morre já quem vive ausente,
pois a vida sem ti não presta nada».
Responde Sílvio: «Amor não o consente,
que ofende as esperanças da tornada».
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