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O sonho
A esperança não acabou
O Sol continua, todos os dias, a nascer
E, nós cá estaremos para o ver
Agora, não precisamos correr
O Mundo está unido
Como nunca esteve
Devido a um mau-olhado
Ainda que parado
É aqui que temos o passado
No longo corredor suspenso do tempo
Onde têm apartamento a Lua e o seu encantamento
Aí vivem também o Sol e o Vento
Quando o Sol beija a Lua nasce a madrugada
E, de um momento para o outro, de rajada
De repente o sonho ficou adiado
Mas não morreu nem morrerá
Porque o sonho comanda a vida
A Lua está muito sentida
Porque não pode ver os amantes, na rua, florida
Espera que a proibição não seja comprida
Para não ver a vida, por muito tempo, interrompida
Vamos no vento, de fugida
Procurar o outro lado da avenida
Num olhar da janela comprida
O mais longe que nos é permitido viajar
Mais de cinco não podemos estar
Não vá a multidão acordar a avenida
Da hibernação fora de tempo
E pôr a saúde de todos em perigo
Fazendo com que seja, ainda, maior o castigo
Mesmo com a Primavera enclausurada
Dormirei todas as noites sonhando contigo.
José Silva Costa
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