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Sete Motivos Do Corpo
IV
Vede o estádio em transe: é a oferta
À formosura em seu virtuoso sólio.
Como um espelho corre para o sol o atleta
Recomeçando a geração de Apolo.
Corpo garrido de seiva desabrida
Caudaloso a crescer no âmbar rijo
De carne indómita; músculo da vida
Na hora juvenil do seu prodígio.
No alor do prélio, tropel de anjos pedestres
Corre o ouro suado dos efebos;
Vai por cima do tempo e retrocede
A purpura sem fim de areais gregos.
Estreme, a beleza o jogo faz sagrado
E voam discos de clarões acesos
Por estátuas que giram. O estádio
Fica suspenso no limiar dos deuses.
( Natália Correia)
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