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O Fulgor da Língua/O Estado do Mundo
De 1715 versos escritos por 114 autores, de 5 nacionalidades: Argentina, Cabo-verde, Salvadorenha, Espanhola, Brasileira e Portuguesa,
Poema escrito, Via Internet, em 2003
No âmbito de o Fulgor da Língua
Coimbra, Capital Nacional da Cultura 2003
Os meus versos:
46 Translúcido pôr do sol no interiorde um mar ofegante
54 Num rasgo num sopro num último esforço tudo toma forma espacial
55 Com Flamínia a soprar o fogo verde da origem
87 De asas no centro do vento
106 A sina inscrita nas linhas da minha mão
107 Na curvatura fértil do colo materno da terra onde
166 No frenesim das horas que engolem os dias
192 Desvendamos e rasgamos salgadas estradas invisíveis
200 No vazio imperfeito das suas rotações
220 Sondamos os astros
291 Não ouvimos o rio na margem da corrente
297 Onde gizamos as linhas do destino do sono
299 Quando o luar trespassa a nudez dos ossos
316 Sem vermos de onde sopra o vento azul
357 As palavras são as veias dos sentidos
370 Onde arderás na combustão dos tempos
371 Enquanto nós nos túneis sem saída nos atropelamos
392 Que barcos nos trazem a luz do horizonte
399 por todo o lado
431 Na forja das palavras onde tecemos o poema sem papel nem linha
462 Com os corpos sustemos os desmoronamentos das cidades
466 Nas palavras incendiadas
476 No deserto mar
505 No fundo dos remorsos
508 Para afugentarem o travo do tráfico droga armas vidas
516 Jovens mães carregam os filhos com a ajuda do brilho das estrelas
517 E bebem a aurora nos transportes suburbanos
549 Na cratera do sonho
552 Prendo o vento aos dedos fixo o firmamento
562 Lavro a superfície azul do mar
570 Os versos e os verbos
597 Com a sua chama
646 A luminosa fisionomia que queima os sentidos
760 Há mães desesperadas a abandonarem os filhos nas escadas
816 O branco mar
817 O azul do mar espelho ondulante que leva para longe o olhar
818 Exacto ponto onde navego o ar
821 Nos salgados lençóis ondeantes
870 E o exuberante sossego deixa-nos
893 O porto a cidade a multidão o verniz o país
906 Uivando na paisagem rota e nua
907 Com esquinas espelhadas nas almas dos telhados
916 Adormeço nos voos circulares das aves
917 No sono transparente da tarde
942 E nós aquecemo-nos recordando a aurora
943 Até ficarmos nus como as árvores no Inverno
950 Decifrados pelos satélites que nos espiam noite e dia
972 Nasce o poema dos sentidos
995 A rosa dos ventos navega em mar cavado utilizando o astrolábio
1212 O teu coração seria o meu sorriso
1213 E os lábios a âncora dos sentidos
1238 Como o livro que nunca escrevi
1278 Vemos a terra envolta na branca escuma
1302 O mar secou na cratera da lua submersa
1314 Na mestria da métrica
1366 As estradas transformaram-se em granadas
1372 Nos ombros gelados das planícies abandonadas
1373 Estriamos os canos das armas
1384 A noite rebenta na madrugada
1416 de boca em boca
1457 As mãos no cano frio
1458 A cabeça deitada no medo
1624 Acende-se a luz no centro do coração
1666 Com as palavras a saírem soltas
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