Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]



O 25 de Novembro!

por cheia, em 25.11.24

Vaidades e vinganças

Querem fazer do 25 de novembro a continuação do 25 de abril, por que razão se esquecem do 11 de março?

Nunca festejarei, nem o 11 de março, nem o 25 de novembro, são datas para esquecer, porque dividem a sociedade portuguesa, e tudo o que não precisamos são mais divisões, violência, destruições…….

No 11 de março os comunistas conseguiram derrotar a direita representada pelo General Spínola

Nacionalizaram tudo, prenderam alguns patrões e outros fugiram para o estrangeiro, foi um trocar de cadeiras, durante a ditadura os trabalhadores foram para as prisões, no 11 de março calhou aos patrões, mas houve quem beneficiasse de muitos milhões, na hora do aperto, antes de apanharem os aviões, passaram procurações, que se tornaram em doações

Passados 50 anos, muita coisa voltou ao antigo, os patrões recuperaram as suas fortunas, alguns mudaram de negócio: CUF-Companhia União Fabril, não tinha nada a ver com saúde

Do nada nasceram dois grandes grupos, na distribuição alimentar, um tinha uma mercearia, o outro era engenheiro. Hoje, têm fundações com os seus nomes ou de familiares, também um banqueiro, de quem os trabalhadores não têm saudades, quis uma fundação

Numa destas fundações, trabalha um Senhor, que brinca com os números, num comentário na televisão, no sentido de influenciar a descida do IRC, sugeriu que a perda de receita com a descida do IRC fosse colmatada com o aumento do IVA

O patrão dele precisa da redução do IRC, para acumular mais milhões, quem dorme no banco do jardim pode pagar mais IVA!

Não há democracia sem partidos e alternância do poder. Mas, infelizmente, os partidos tornaram-se em agremiações fechadas, violentas, autoritárias, pouco ou nada recomendáveis, como o provam quando dizem: “quem se meter connosco leva, habituem-se”

Meio século depois, o que temos para comemorar, em todas as datas, que marcaram a construção da democracia: metade dos portugueses continuam a viver na miséria, cada vez mais desigualdades, os pobres mais pobres, os ricos mais ricos, apesar de todos os governantes, incluindo presidentes, no ato de posse dizerem: “ vamos governar tendo em atenção os mais desfavorecidos”

Hospitais fechados, como se fosse a coisa mais natural deste mundo, já nos habituámos!

Nascem mais bebés nas ambulâncias, do que nas maternidades, que estão quase sempre fechadas

Alunos sem professores, a algumas disciplinas, todo o ano, sem que ninguém se indigne, ponha em causa o sistema de ensino!

Meter grávidas em ambulâncias, percorrer o país de Sul a Norte, de lés-a-lés, durante o dia, à procura de uma unidade de saúde, que tenha a hombridade de as ajudar, mas ninguém se condoe

Cada vez mais sem abrigo, a viverem no frio da rua, alguns despejados, sem dó nem piedade, mesmo que o presidente tenha prometido, tudo fazer, para minimizar a situação

Milhares de assalariados a trabalharem, por turnos, a receberem o ordenado mínimo, contribuindo para que os grandes grupos económicos tenham muitos lucros, fazendo com que os colaboradores, nova designação de trabalhadores, vivam, cada vez, pior.

Senhores do arco da governação deem a todos (todos) mais atenção, não governem só para a vossa clientela, se não querem mais fragmentação, e enquanto é tempo!

Todos precisamos de: pão, habitação, saúde, educação, justiça, segurança

Reduzam as desigualdades, oiçam as pessoas, não se fechem nas vossas mordomias

Não se entretenham a criar divisões com comemorações, com o azul e o cor-de-rosa, com Olivença, porque isso são pequenas vaidades de quem tem a barriga cheia

Quando a vida se tornar insuportável, para a maioria, qualquer charlatão vos pode tirar os poleiros, espero que a reeleição do Trump, vos tenha ensinado alguma coisa.

José Silva Costa  

  Portugal destaca-se na União Europeia pelo impacto das “borlas fiscais” atribuídas em sede de IRS, que, em vez de reduzir desigualdades, agravam-nas, beneficiando sobretudo as famílias de rendimentos mais elevados. (ZAP)

 

 

 

 

  

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 07:50


13 comentários

Imagem de perfil

De Maria João Brito de Sousa a 25.11.2024 às 16:09

Sim, Cheia, infelizmente conseguiram atingir muitos dos seus propósitos e é, em grande parte, por isso que nos vemos a cada dia que passa mais despojados do poder de compra, apesar das bonificações e cheques anuais ou trimestrais. Para mim, este mês está a ser muitíssimo difícil em termos financeiros e seria uma tonta se acreditasse que só eu estou a dar pela enorme subida dos bens essenciais de consumo diário e dos medicamentos não comparticipados.

Boa semana, com um punhado de cravos nos braços, Cheia
Imagem de perfil

De cheia a 25.11.2024 às 17:53

A inflação veio-nos roubar poder de compra. Dizem que baixou, mas não para os produtos alimentares de que todos os dias necessitamos. Por outro lado, as empresas, cada vez, têm mais lucros, são milhões, que nunca mais acabam.

Boa noite, Maria João.
Um abraço.
Imagem de perfil

De Maria João Brito de Sousa a 25.11.2024 às 20:31

Os produtos alimentares subiram em flecha, bem como o preço dos medicamentos não comparticipados pelo Estado que agora me obrigam a uma despesa mensal de cerca de 100 euros, embora goze do benefício de não pagar nada pelos medicamentos comparticipados. Foi um verdadeiro murro no estômago.

Boa noite e outro abraço, Cheia

Comentar post



Mais sobre mim

foto do autor


Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.


Posts mais comentados


Arquivo

  1. 2025
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2024
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2023
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2022
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2021
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2020
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2019
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2018
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2017
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2016
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2015
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2014
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D