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Naufrágio
Altos pinheiros, o vento a assobiar, no imenso mar
O farol, constantemente a avisar, para o barco não naufragar
O luminoso polícia sinaleiro
Compreendido pelo Mundo inteiro
Com a borrasca a varrer todo o mar
Um barco, ao largo, está com receio de não aguentar
Os marinheiros rezam para que acabe a tempestade
Tão marcados pelos anos, pela idade
Os mais novos, sem experiência de tempestades, não conseguem esconder a ansiedade
Um mar tão amoroso, de repente torna-se tão revoltoso
Parecendo não querer ninguém no seu dorso
Erguendo-se, impetuoso, como que a cuspir fogo
Mais uma furiosa vaga, quase que afunda o barco
Agarram-se uns aos outros, para tentarem afugentar o medo
Mas uma, ainda mais furiosa, atira com o barco contra as rochas
Não era o cais que queriam, do mal-o-menos
Apressaram-se a abandonar o barco
Atiraram-se para cima das rochas e subiram a escarpa ingreme
Escura como breu, mas no alto havia uma povoação iluminada
A placa com a identificação da povoação fez bater o coração
O telemóvel, para pedir ajuda, foi a solução
Desta vez salvou-se toda a tripulação.
José Silva Costa
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