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Mar morto
Oh bonita e formosa Europa!
Os teus nem sempre te dão o teu devido valor
Mas não falta quem queira em ti viver
Arriscam tudo, sujeitam-se até a morrer
Metem-se em pequenos barcos para em ti entrar
Nada os faz parar, querem encontrar onde sonhar
Muitos têm pago com a vida o sonho de viver
O teu mar tornou-se num grande cemitério
Mas quem foge da fome, da guerra, de nada tem medo
A vida de quem tem sonhos é um grande enredo
Não pode toda a vida esperar, mais tarde ou mais cedo
Faz-se ao mar, semeia todas as esperanças, para colher os sonhos
Nem todos os querem acolher, mas não os podemos deixar no mar morrer
Melhor seria que pudessem viver onde nasceram
Mas, para isso era preciso que houvesse equilíbrio entre pobres e ricos
Cooperação, solidariedade, menos vaidade, desperdiço e mais humanidade
Ninguém é feliz rodeado de esfomeados, maltratados, explorados
Para muitos a vida é feita de muitos riscos
Outros só conhecem o paraíso
Infelizmente, os donos do Mundo estão, de novo, em grande competição, para encontrarem o vencedor
Até o vencedor ser encontrado, vão matando, a-torto-e-a-direito, sem dó nem piedade
Acima de tudo está o seu poder e a sua vaidade.
José Silva Costa
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