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Cravos vermelhos floriram
Nos tapa-chamas das espingardas
Desmoronaram uma ditadura
Por medo e mortes sustentada
Por todo o Mundo condenada
Em todos os Continentes odiada
No Tarrafal personificada
Mas, Abril prometeu a todo o Império
Cravos vermelhos fazer distribuir
Em nenhum outro momento
Houve tão grande grito de liberdade
Propagado pelo vento
Foi doloroso o desmoronamento
Tantos séculos desfeitos num momento
Com tantos laços atados pelo sangrento
Com a força das armas como cimento
As mesmas armas, que libertaram um grito de entendimento
Num muito, muito tardio momento
Em que esteve por um fio o êxito do movimento
Um só disparo poderia ter tornado
Um glorioso dia num banho sangrento
Para todos os que contribuíram para que visse a liberdade
O meu maior agradecimento.
José Silva Costa
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