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CONTA E TEMPO
Deus pede estrita conta de meu tempo. E eu vou, do meu tempo, dar-lhe conta. Mas, como dar, sem tempo, tanta conta, Eu, que gastei, sem conta, tanto tempo?
Para dar minha conta feita a tempo, O tempo me foi dado, e não fiz conta. Não quis, sobrando tempo, fazer conta. Hoje, quero fazer conta, e não há tempo.
Oh, vós, que tendes tempo sem ter conta, Não gasteis vosso tempo em passatempo. Cuidai, enquanto é tempo, em fazer conta!
Pois, aqueles que, sem conta, gastam tempo, Quando o tempo chegar, de prestar conta, Chorarão, como eu, o não ter tempo...
Escrito no século XVII, pelo Frade Franciscano António das Chagas (António Fonseca Soares) , um alentejano da Vidigueira, que veio a falecer em Torres Vedras.
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