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Planície Dourada
Alentejo de longos horizontes
Salpicado de papoilas vermelhas
De planícies douradas, pelo sol, queimadas
Searas onduladas de espigas inchadas, cheias de grãos de oiro
Um mar sem fim, debaixo de um sol sufocante
Campos floridos, onde espalhamos os sentidos
Meu querido Alentejo, que te perdi tão cedo
Num tempo em que havia muito medo
Quando alguns te apontavam o dedo
A fome fez-me deixar o teu chão sagrado
Para sempre fiquei desenraizado
Em Abril o cravo floriu, e a madrugada tudo mudou
Pudeste, finalmente, libertar-te e deixares de ser subjugado
Mas continuas, no tempo, parado
O mundo, contigo, está encantado
Que futuro te estará destinado?
Sem autoestradas, sem vias férreas, com o melhor aeroporto da País
Com um dos melhores portos da Europa
Tens tudo para que o progresso te traga luz
Quem tem medo de que sejas feliz?
Procuro, e o que o mundo me diz
Que um dia ainda vais ter tudo o que a tua gente sempre quis
Paz, pão, liberdade, trabalho, habitação, o Cante, como animação.
José Silva Costa, Lisboa - Portugal
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