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As guerras!

por cheia, em 28.02.22

Jovens mães carregam os filhos com a ajuda do brilho das estrelas

 (do poema o fulgor da Língua/ o Estado do Mundo)

 

As guerras

Nas guerras não há coração, nem razão

Matam, indiscriminadamente, por impulsão

A culpa é de quem construiu o canhão

Disparam, como se fosse para o ar, contra o irmão

Mais tarde, com todos os horrores, terão de conviver

Mas, por muito que chorem, não haverá perdão

Porque tinham de pensar, antes de, utilizar, a mão

Os gritos dos filhos, agarrados às mães, nunca mais o deixarão

Acompanhá-los-ão, para onde quer que vão

Foi brutal e triste a sua missão

Matar, nunca será de louvar!

Tudo devemos fazer para o evitar

Quem consegue suportar e ver?

A separação: crianças a gritarem, agarrados aos pais e às mães

Mas, os pais têm de ficar, para matar ou morrer

As mães seguirão, à procurar de quem lhes dê uma mão

de um lugar em paz, onde os possam criar

Onde, quem encontrarão, com coração, que as ajude a suportar a dor da separação?

Como suportar a humilhação dos ditadores assassinos, que lhes roubaram os companheiros,

os pais dos filhos, os seus cheiros, os seus beijos, os seus projetos?

Com os filhos nos braços, sem terem onde os agasalhar, sem nada para lhes dar

Têm de ser muito fortes, para tanto desespero conseguirem suportar!

Mas, serão eles que lhes darão a força necessária, para os criarem, com os seus sorrisos, beijos e a palavra mais doce e mais pronunciada: Mãe!

Que grande castigo! Dos que não têm cabeça nem coração que, por muito que falem, nunca encontrarão, palavras suficientes, para justificarem os disparates, os horrores, as mãos ensanguentadas, os ouvidos cheios de gritos, dos assassinatos cometidos.

 

 

José Silva Costa

 

 

  

 

  

 

 

 

  

 

 

 

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publicado às 08:00


26 comentários

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De cheia a 28.02.2022 às 13:30

Temos de nos defender dos loucos, associando-nos aos que defendem a Paz e a Liberdade.

Também lhe desejo uma boa semana!

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