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O Tejo
O Tejo é o príncipe encantado de Lisboa
O seu amor, perfeito!
Banhando-lhe os pés o ano inteiro
Num lisonjeiro e amoroso namoro
Tejo, eras o espelho do país, quando eras feliz!
Mas a ganância, a incompetência, a insensibilidade mataram-te
Não te mataram só a ti, mataram também o país!
Cobriram-no de eucaliptos e puxaram-lhes fogo
Matando plantas, animais e pessoas
Envenenaram-te com o pretexto de criarem riqueza
Mas, ao contrário, provocaram tragédias e miséria!
Morto, fizeram-te o funeral, cobrindo-te com um manto branco!
Tejo, tu és a maior porta de entrada e saída do país!
Quantas fragatas te subiram e desceram carregadas de vida e sonhos?
Tu serás sempre a grande referência para quem sai e entra, pela tua porta
O país já chorou a teus pés, ao longo dos séculos, a partida de marinheiros, militares, aventureiros, pedindo que todos regressassem
Mas, infelizmente, há sempre quem te perca para sempre
Só quem de ti se despediu, carregando a incerteza de não saber, se te voltaria a ver
Pode testemunhar a alegria, que sente, por voltar aos teus braços
Os teus cais estão pejados de lágrimas de despedidas, e de sorrisos de regressos
José Silva Costa
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