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25, de Abril de 2022
Depois de 48 anos de democracia, esperávamos ter um país mais desenvolvido
Continuamos com as inaceitáveis desigualdades, em que uns tem tudo e outros não têm nada
Um litoral superlotado e um interior desertificado, deserdado, abandonado, desaproveitado
Onde não chegam as telecomunicações: as autoestradas do presente e do futuro
Neste quase meio século ainda não apareceu um governante capaz de derrubar o muro
Só governam para as sondagens e para o presente, não têm ambição, nem solução para o dia duro
A pobreza continua a condenar-nos à tristeza. Antes de qualquer transferência social, em 2020, tínhamos 4,48 milhões de portugueses (43,5%) em risco de pobreza
Quase metade da população em risco de pobreza: é muita pobreza!
Todos os governantes, que tiveram responsabilidades nestes resultados, devem sentir-se muito envergonhados
Quase todos os governantes, nos discursos do ato de posse, dizem que vão ter em atenção os mais desfavorecidos, mas nunca mais se lembram deles
Nos momentos de reconhecimento dos méritos nunca aparece um pedreiro, um carpinteiro, um mecânico, um varredor, um condutor …………….., só os engenheiros e doutores é que têm mérito
Um país, cada vez mais desequilibrado, onde os ricos estão mais ricos e os pobres mais pobres
E, isso é revoltante, criaram o Ministério da Coesão, que não passa de um chavão, mais uma ilusão, para enfeitar a governação
Os Municípios ricos estão a criar transportes públicos gratuitos, a equipar as escolas com novas tecnologias, com quadros interativos, enquanto as escolas, dos outros, continuam com os quadros pretos e sem transportes públicos gratuitos
É esta a regionalização, que o referendo reprovou, mas que este Governo está a implementar à força. Agora, sem a colaboração de qualquer outro partido, devido à maioria absoluta
Política e futebol, uma mistura que gera corrupção, se faltassem exemplos, bastava o de Luís Filipe Vieira, cuja falência das suas empresas já nos custou 290 milhões de euros, através do fundo de resolução do BES
Um país, onde o futebol é mais importante que a educação. Quantos professores veem o seu mérito reconhecido?
Ainda não foi desta que Portugal se tornou num país solidário e desenvolvido
Nem com tantos milagres conseguimos vencer o castigo.
José Silva Costa
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