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Verão!

por cheia, em 21.06.25

21/06/2025

 

Verão

Verão, a estação em que a esperança, todos os anos, renovada, de umas férias, de um encontro com amigos, de visitas a outros países, de entrada no mar, de a lua adorar

Calor, areias douradas, o sol a aquecer-nos os ossos, o perfume das rosas a vibrar nos sentidos, o romantismo numa sombra perdida, numa serra esquecida, onde agradecemos a vida

Reencontrar o mágico lugar, onde o nosso perfume encantou o luar, com os nossos sorrisos a embalar o mar, momentos inesquecíveis de que nunca nos vão abandonar

Cada verão é pretexto de reunião, de arraial, festas e romarias, que engolem os dias das mordomas, de garridos vestidos, carregadas de ouro, mostrando o esplendor, que herdaram

das suas antepassadas

São dias passados, nas esplanadas, na descontração de que os ponteiros do relógio não nos arranharão, não nos sufocarão, não nos arrancarão dos sonhos, para nos atirarem contra a multidão

Saborosos momentos de confraternização, com amigos e desconhecidos, minutos e horas, sem controlos, sem pressas, a desfrutar o doce ar de quem não precisa correr, para respirar

Quente verão, de searas douradas, de espigas inchadas, de ceifeiras trigueiras a sonharem com o dia da adiafa, para dançarem à volta dos mastros

Verão, tempo de encontros, reencontros, beijos, abraços, de dias felizes e alegres, para passarmos o ano a desejar que cheguem as férias.

 

Bom Verão!

 

José Silva Costa

 

 

 

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publicado às 16:02

A loucura

por cheia, em 10.06.25

A loucura

Tu, que te dizes tão preocupado com os mortos, nas guerras

Com toda a razão, porque a morte é, sempre, motivo de muita tristeza, seja onde for

Não consegues aperceber-te das mortes, que estás a causar, a tanta gente, que persegues

Pessoas, que os crimes que cometeram foram: procurar uma melhor vida para as suas famílias

Trabalham noite e dia, para engrandecer a tua nação, pedindo, apenas, um pouco de mais pão

E tu, como lhes agradeces, prendendo-os sem que haja acusação, sob um ódio, sem razão

Mandas prender mães, pais, avós, avôs, algemando-os, humilhando-os, sem pena, nem dó

Mas, a tua crueldade não é só sobre os adultos, separas as crianças, dos pais, dos avós, das mães

Terás noção das maldades que estás a praticar? Quem acredita que te doa o coração, quando, nas guerras, matam a juventude?

Quem pode viver na ansiedade de a qualquer hora poder ser deportado, depois de anos sem ser incomodado?

 

 

Canto I

Estrofe 106

 

No mar, tanta tormenta e tanto dano,

Tantas vezes a morte apercebida!

Na terra, tanta guerra, tanto engano,

Tanta necessidade aborrecida!

Onde pode acolher-se um fraco humano,

Onde terá segura a curta vida,

Que não se arme e se indigne o Céu sereno

Contra um bicho da terra tão pequeno?

( Luís Vaz de Camões)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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publicado às 07:49

Genocídios

por cheia, em 06.06.25

05/06/1967

 

As mesmas barbaridades

Cinquenta e oito anos de guerras

Depois da guerra dos 6 dias

Como ficou conhecida

Nunca tinham sido um genocídio

Mas, aqueles que o sofreram

Estão a praticá-lo, o que é inconcebível

Perderam a razão, toda a admiração

Matam crianças, mulheres e homens

Mas com mais refinação

Já não utilizam só balas e canhões

Utilizam, também, a água e o pão

A tudo o que mate, deitam a mão

Sentem as costas quentes, com a ajuda do mandão

Que quer uma” Riviera”, como condição

E, o resto do mundo, o que faz?

Com voz meiga, pede contenção

Já não consegue saber de que lado está a razão.

 

 

José Silva Costa

 

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publicado às 07:48


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