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Moção de confiança
Hoje, os jogos de bastidores, em direto da Assembleia da República, não sortiram efeito
Pedidos de suspensão, dos trabalhos, rejeitados. “Nem combinações, nem negociatas”.
“ Diga-me, escreva-me, comissão parlamentar de inquérito com a duração de 15 dias”
Hoje, os gabinetes, os telefonemas, os bilhetinhos de amor por baixo da mesa não resultaram
Tudo foi tentado, não só hoje, foram três semanas de massacre, por quase todas as figuras de proa, uns a culparem o Governo, outros a culparem a oposição por mais uma legislatura, que não chega ao fim
Montenegro até pode ganhar por maioria absoluta, mas o facto de ter recebido avenças, enquanto primeiro-ministro, vai acompanhá-lo para o resto da vida
Como nem com maiorias absolutas temos garantia de estabilidade, a nossa democracia está, cada vez, mais doente
Não se espera nada de bom das próximas eleições, mas não havia alternativa
Viva a democracia.
Viva a imprensa, única garantia da democracia.
José Silva Costa
8 de Março de 2025
Mulher! Tens tanto saber
É nos teus olhos que o podemos ler
O teu risonho embalar, todos o podemos ver
No bambolear do sol, das flores, em tudo ao teu redor
O brilho, que irradias, é tão forte e dourado, que faz rir os dias
Flor, amor, perfume, vida, futuro, dor, esperança: és completa
Capaz em todas as tarefas, séculos a enfrentar eras
Sempre relegada para segundo plano, como se não fosse um forte ser humano
Colocada em pedestal, nas palavras, mas encerrada em palácios e castelos
Presa por ser uma perfumada flor, no ignóbil negro ciúme, que mata o amor
Ao longo dos séculos, és tu que tens mantido o futuro
Trabalho doce, florido, tão gratificante, quanto duro
Num voo maduro, sobrevoas muitas dificuldades e aterras no século XXI
Que poderá ser o século da mulher, se os restantes três quartos forem no sentido do primeiro
Será degrau a degrau, com a continuação de muito esforço e perseverança, ainda, não será no mundo inteiro
Ainda há quem não queira que vás à Escola
Que te prende numa gaiola
Para algumas é dourada, mas nem por isso deixa de ser uma prisão
Sem falar dos que com as mesmas mãos que te acariciam, te estrangulam
Valendo-se da bruta força
Sem pensarem, por um momento, que não gostavam que fizessem isso às suas mães
Sem pensarem nos próprios filhos, toldados pelo ódio, matam-lhes as mães
Órfãos de mãe, pai na prisão, as crianças ficam numa triste situação
Os adultos, que dizem tanto amar os filhos, não querem saber disso
Nesses momentos só veem ódio, vingança, morte, posse
Quem comete um crime de violência doméstica não pode sair da prisão, antes de cumprir a pena máxima, os 25 anos, para ter tempo de compreender que não se mata, nem se abandonam os filhos menores.
José Silva Costa
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