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Natal
Neste dia, para todos, saúde paz e alegria
Chegou o mais radioso e longo dia
Para todas as crianças do Mundo, um dia de magia
Com ou sem Pai Natal, ninguém é indiferente a este dia
Não há coração que não sinta alegria, quando faz uma boa ação
Vamos dar as mãos e fazer um grande cordão, para celebrar esta ocasião
Cada dia tem de ter uma celebração: olhar para o próximo, como irmão
Todos os dias houve o teu coração
Não descanses enquanto vires pessoas a dormirem na rua, no chão
A pobreza não tem razão de ser
Todos necessitamos de pão
O Natal é um dia de amor
Mas não te esqueças de quem não tem um lar
Para dividir com o seu amor
Porque o Mundo está um horror
Há uma grande desumanização
Já ninguém fala, nem pelo telefone
Era tão bom ouvir as vozes
Agora, só se envia e recebe mensagens
Para lermos, no frio e mudo telemóvel
Para muitos a única companhia.
Feliz Natal e Próspero Ano Novo!
José Silva Costa
Natal
Dias de solidariedade
Para as crianças, de muita ansiedade
Esperam prendas de muita amizade
Tão importantes para os de tenra idade
Casas sem chaminé, na cidade
Não há onde colocar o sapatinho
Nem espaço para o Pai Natal descer
Assim, as crianças vão, mais cedo, ficar a saber
Que não é o Pai Natal, que traz as prendas
Senhores arquitetos tenham em atenção esta questão
Não aceitem desenhos, que não tenham uma bonita habitação
Com todas as condições de habitabilidade
Onde possamos receber a visita do Pai Natal
Uma habitação com todas as comodidades
Onde possam viver pessoas de todas as idades
Sei que é pedir muito, tanto aos arquitetos, como ao Pai Natal
Mas, não podemos ser pobres a pedir
O meu pedido ao Pai Natal, para este ano é : casa para todos
Acho que não é pedir de mais, há quem tenha duas, três ou mais
Estamos, num país muito solidário
Portanto, vamos lá reduzir as desigualdades
Diminuir a pobreza, que está em quase cinquenta por cento
Devia de nos envergonhar
Mas praticamos a caridade
Como se isso nos desculpasse
Mas, não! Fico revoltado, quando oiço um rapaz, que se esforçou, para tirar um curso, conseguiu entrar para o Instituto Superior Técnico, em Lisboa.
Mas, infelizmente, não chegou a matricular-se, porque os pais não podiam, o quarto, pagar.
Feliz natal e próspero Ano Novo.
José Silva Costa
“O meu conto de Natal”
A pedido da nossa colecionadora de Contos de Natal, imsilva, do blogue : Pessoas e Coisas da Vida
https://imsilva.blogs.sapo.pt
Este ano, o Pai Natal está muito triste, por não ter conseguido comprar as prendas, para os meninos e meninas
Mandou, para todos os pais, uma mensagem, porque, também não tinha papel para escrever cartas, pedindo desculpa por não poder visitar os seus lares, descer pela chaminé e entregar as prendas
Queixou-se destes tempos difíceis, de muitas guerras, com muitas casas destruídas, fazendo com que as meninas e os meninos não tenham chaminés, onde colocar os sapatinhos, o que o fez ficar, ainda, mais triste, dizendo que uma desgraça nunca vem só
Já não bastava não haver brinquedos, e ainda destruíam as chaminés
Estava muito preocupado com o que a Natureza lhe tinha dito, com ar de muito zangada, pediu para não estragarmos o resto, senão, cada vez, nos enviará avisos mais violentos:
Ciclones, cheias, incêndios, terramotos, vulcões, nevões: tudo o que seja preciso, para nos fazer parar a destruição, que lhe estamos a causar
Para a Natureza não é admissível que proíbam as crianças e os adultos de saírem de casa, por o ar, em certas cidades, estar irrespirável
Não compreende a vaidade de termos casas com 1.000 m2, carros com 500 cavalos, querermos conhecer o mundo, viajando de avião, por todo o lado, todos os dias trocar de telemóvel, computador ……………
Em Portugal, todos os anos, morrem 200.000 pessoas devido à poluição do ar
O Pai Natal, também, está muito preocupado com a falta de água. Em certas regiões há anos que não chove, os animais e as pessoas não têm água para beber
Assim, pede a todos que não desperdicem nem água, nem alimentos, nem brinquedos, nem roupas, nem sapatos porque é preciso tudo poupar, para ver se a Natureza se consegue regenerar
Este ano, os contentores do lixo não vão ficar a transbordar de embalagens de cartão, porque não há prendas para desembrulhar
Todos se podem, mais cedo, deitar, sem o nervosismo de pela meia-noite esperar
O consumismo pode não ter vindo para ficar, se a Natureza, um dia, com tudo isto acabar
Não há dúvida de que se regenerará, não sabemos a que preço será, nem quando isso acontecerá
Para todos um bom Natal, no acolhedor e doce lar, e que com o próximo ano venha a Paz, muita saúde e alegria.
José Silva Costa
Lua
Em noite de Lua-cheia
Minha Lua namoradeira
Está ainda mais bela, aqui á minha beira
Estás linda com esse teu encanto, estás inteira
Os teus olhos castanhos de moira encantada são a minha cegueira
Sobre esses teus ombros de alabastro cai a tua linda cabeleira
Com toda essa magia, como gostava de te ver de perto, um dia
Sempre foste arisca, dizes que queres continuar solteira
Todos os dias te namoro, mesmo que o tempo não queira
O amor é assim, pode não ser correspondido, mas não desisto de nenhuma maneira
Pelo menos de noite és minha, todos os dias dormes á minha cabeceira
Deito-te a meu lado, agarro-me a ti e durmo a noite inteira
Só que de manhã, quando me queria despedir de ti, já lá não estás
A noite é que faz com que sejas a minha eterna companheira
Não há mais nada que tanto me prenda, senão essa tua secular atração
Tu és sonho, fogo, volúpia, encantamento, firmamento, não vivo sem o teu encantamento
Os teus rubros lábios queria beijar, mas tu desapareces no exato momento em que te vou agarrar
Não paras de me encantar, minha bonita feiticeira
Prendes-me sem muros nem grades, apenas com olhares de brincadeira
Como se fosses uma jovem noiva passando as pedras da ribeira
Correndo de um lado para o outro envolta numa nuvem ligeira
Procuro apanhar-te mas tu esquivas-te e foges lampeira.
José Silva Costa
Boa noite
Ontem e hoje a engarrafar a água que caíu na quinta-feira, e amanhã posso continuar, que ainda há muita para engarrafar
Água que, impedi de ir para o mar, para no verão regar.
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