Voltar ao topo | Alojamento: Blogs do SAPO
Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Velhos
Este país não é para velhos
Bem podem, até, arranjar palavra mais suave: idoso
Que não é isso que evita que haja político manhoso
Que nas campanhas eleitorais não beije todo o idoso
Que o deixe morrer, numa maca, à porta do Hospital
Porque os serviços públicos fecharam para férias
Incluindo os Hospitais, que não se conseguem manter abertos
Devido à falta de investimento em recursos humanos e materiais
E o mais surpreendente é que isto tenha passado a ser a normalidade
E que ninguém se indigne, tenha muita ou pouca idade
As repartições das finanças só atendem com marcação
Depois de dias ao telefone, quando se consegue uma marcação
5 minutos depois, recebe-se um email a anular a marcação
As escolas passaram o ano com falta de professores e em greves
mas todos os alunos passaram de ano
Vamos continuar a ter técnicos cobiçados por os outros países?
Nada funciona, mas o país está melhor, na boca dos políticos
Agosto é o mês das férias, os políticos vão a banhos
Não querem ser incomodados
Devido ao fecho dos Hospistais, não se pode morrer, nascer ou adoecer
Como avisou o primeiro-ministro, escudado pela maioria absoluta:
“Habituem-se!”
José Silva Costa
Guerra na Ucrânia
Ucrânia, o mundo está contigo!
Todos repudiamos o hediondo crime
Da tua destruição e extermínio da tua população
Ninguém pactua com agressões
As divergências resolvem-se com conversações
Queremos continuar a ser livres, sem opressões
Temos de ser solidários em todas as ocasiões
Vamos continuar a apoiar-te até expulsares o invasor
Que tem de ser presente à justiça, para ser punido
O castigo tem de ser exemplar
Para que mais nenhum ditador se julgue dono do Mundo
Por muito poder que tenha, não pense que pode fazer o que quer
Às Nações Unidas têm de obedecer
Para que não se repitam barbáries como a que está a acontecer
Cegos pelo poder, as maiores atrocidades podem cometer
Comandados pelo ódio, humanos deixam de ser
Com as mãos ensanguentadas e a vista perturbada são incapazes de ver
Que todo o mundo os está a combater
Para tentar que não continuem, horrendos crimes, a cometer
Será, assim tão difícil de perceber, que todos temos o direito de viver?
Que temos de ser solidários, para que todos, aqui, possamos caber
Sei que há quem isso não consiga entender
Que ache natural, deixar o irmão, à fome morrer
Mesmo que desperdice o que ao outro, o faria viver
Só por que nasceu rico, experto, inteligente, ganancioso ou poderoso.
José Silva Costa
O Governo da Propaganda
Todos os anos o mesmo desespero
De alto abaixo, o País a arder
A única preocupação é que nenhum humano morra
Tudo o resto pode arder
“ Deixa arder que o meu pai é Bombeiro”
No último incêndio de 5 dias, entre Odemira e Monchique, um cidadão alemão disse para uma câmara de televisão: “ estavam três autotanques, bem equipados, mas ninguém fez nada”
Há dias, Tiago Martins de Oliveira, presidente da AGIF, I.P (Agência de Gestão Integrada dos Fogos Rurais, I.P, disse que os Bombeiros recebem por hectare ardido, palavras que incendiaram os Bombeiros e os Autarcas, caiu o Carmo e a Trindade!
O Ministro da Administração Interna disse que as palavras foram mal interpretadas, o costume
O Governo não se cansa de propagandear que tem não sei quantos meios aéreos, mundos e fundos. Mas, o que é que isso interessa, se o País continua a arder, e não arde mais porque, qualquer dia, não há nada para arder!
Por que razão não tentam salvar os pertences das populações?
Será que casas, animais, hortas, pomares, vegetação, biodiversidade não merecem mais atenção!
Ignoram, os que, sempre, viveram à conta do Orçamento Geral do Estado, que é com o que arrancam da terra, que complementam as miseráveis reformas, sem nunca terem domingos, feriados, férias, tolerância de ponto, trabalham 365 dias por anos, para que os animais, também, comam todos os dias!
Em vez de tentarem proteger as casas, construídas com o suor de uma ou mais gerações, arrancam as pessoas das suas casas, sem olharem ao sofrimento, que lhes causam
Como é que querem revitalizar o Interior, se os poucos que arriscam investir em pequenos negócios, ficam sem nada de um momento para o outro?
Toda a nossa gratidão, para com os Bombeiros, é pouca, porque eles, muitas vezes, arriscam as suas vidas, para salvar a do próximo
Estão as 24 horas de prevenção para acudir em caso de desgraça
Não podem viver de esmolas e da venda de rifas!
Têm de ser pagos e reconhecidos de acordo com os valiosos serviços, que prestam às populações.
José Silva Costa
Sol a pino!
Sol a pino
Mar salgado
Lua cheia
Corpos bronzeados
Deitados na areia
A onda serpenteia
Por entre o pé e a meia
Como que à procura da clareira
Onde se possa infiltrar
Para ao mar voltar
Não quer ouvir ralhar
Por os corpos estar a molhar
Um mar amigo
Que não representa perigo
Onde podemos guardar os sonhos
Enquanto vamos a banhos
Sem olhares estranhos
A medirem-nos de-alto-a-baixo
Como se fossemos extraterrestre
Estamos de férias, que nunca deviam acabar
Não temos de ouvir o despertador tocar
É tempo de descansar, sonhar, e o mundo apanhar
No namoro com o ar, podendo, sempre, a lua beijar
Quando a noite nos for deitar, cansados de amar
Ao acordar, devemos agradecer a alegria de viver
Espreguiçar e voltar a sonhar.
José Silva Costa
Quem as ouve?
De todas as palavras do Papa, a mais importante foi: todos, todos, todos, todos.
Quantos a ouviram?
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.