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A guerra
Voltaram os canhões
A paz não passou de ilusões
Porque há povos que se julgam campeões
Não conseguem viver em paz com as outras nações
Têm outras pretensões
Sonham com as suas antigas possessões
Não compreendem os que sonham com, livres, nações
Sem ditaduras, nem pressões
Como é que gostam tanto de ditadores?
Se nos seus governos não há liberdade, nem flores
As ditaduras alimentam-se de horrores
Enquanto as democracias se alimentam de valores
Como é que pessoas avisadas e educadas se deixam enganar
Por políticos cheios de rancores?
Quando deviam lutar por governos sufragados pelos eleitores
Mas, infelizmente, há povos que não têm liberdade
Para os seus representantes eleger
Assim, todas as decisões ficam nas mãos dos ditadores
É tão bom saborear a Liberdade e a Paz!
Sem elas, a vida não tem a alegria do amor.
José Silva Costa
O valor da vida
Nascer, numa terra pobre
Sempre em guerra civil
Confrontos entre religiões
Todos os dias confusões
Disputas por botões de marfim ou cetim
A incerteza das expectativas
A fome, o choro dos filhos a pedirem pão
A tristeza de ver a morte, todos os dias
Fez com que procurássemos onde fosse possível viver
Tantos quilómetros para percorrer
Um mar largo e fundo
Uma traineira sem lotação
Transformada num enorme caixão
Mulheres e crianças fechadas no porão
Os que nos podiam dar a mão
Deram-nos um empurrão
Choraram lágrimas de crocodilo
Decretaram dias de luto
Como se isso ressuscitasse mais de meio milhar de vidas
Há vidas que não têm valor nenhum
Enquanto outras têm o valor da vida
Ninguém se indignou
Fosse outra, ainda que só uma, a vida perdida
Toda a Europa, ou todo o mundo, se teria indignado
É tão triste nascer no sítio errado!
Por todos ser escorraçado
Não esperávamos que fossemos desejados
Mas que, ao menos, fossemos tolerados
Só queríamos viver!
Dar aos nossos filhos: pão, paz, educação, habitação
Mas, quis a má sorte que encontrássemos a morte
E o fundo do mar, como caixão
José Silva Costa
Santo António
Meu Santo casamenteiro
Casa este país inteiro
Para que cada casal tenha, pelo menos, um herdeiro
Com tanta inflação no mundo inteiro
Não dá para tudo, o dinheiro
Mas, este país é muito porreiro
Pelo Santo António, casa o viúvo, o divorciado e o solteiro
Nesta Nação não há discriminação
Seja qual for a sua situação
Todos são bem-vindos
A esta exemplar Nação
Onde reina a corrupção
Mas ninguém a assume!
Faz parte da nossa tradição
Não sei se algum dia conseguiremos a sua irradicação
Mas, o que povo quer é futebol e festas
E, isso, felizmente, não lhe falta
Por causa das jornadas mundiais da juventude
Vão tapar o monumento ao 25 de Abril, da autoria do Cutileiro.
José Silva Costa
no nosso quintal
Dragoeiro, florido
Dragoeiro: a árvore do sangue de dragão, originária da Macaronésia (Madeira, Canárias, Açores e Cabo Verde
É um árvore perenifólia de folhas ensiformes com 60 a 70 cm de cumprimento, verdes-acinzentadas e coriáceas, que se dispõem em rosetas na extremidade dos ramos
Atinge 20 m de altura, podendo viver cerca de 600 anos; possui crescimento lento e quando adulto tem uma caraterística copa em guarda-sol de 4 a 15 m de largura
Nos primeiros tempos do povoamento, a Madeira exportou sangue de dragão, muito apreciado na Europa pelas propriedades medicinais e também utilizado como corante para tingir tecidos e ingrediente no fabrico de verniz para violinos.
Cicas!
As cicas revoluta são plantas muito antigas, chamadas de pré-históricas, por terem exemplares machos e fêmeas separados (dioica)
A cica macho possui um cone cilíndrico alongado, cheio de pólen, e é muito visitado pelas abelhas
A cica macho, que temos nosso quintal, há dezassete anos (lembro-me da sua chegada, porque foi plantada, pelo meu filho, pouco antes do nascimento da sua filha mais velha)
Não sei que idade já teria, são plantas de crescimento muito lento, crescem cerca de 3 cm por ano
Suponho que já teria 10 ou mais anos, mas só há dois anos revelou o seu género, mostrando um bonito cone, certamente querendo impressionar alguma companheira que, infelizmente não existe, por perto
Este ano voltou a presentear-nos com o seu, bonito, segundo cone, como que a perguntar-nos por que razão, nestes dois anos, ainda, não lhe arranjámos uma companheira, dizendo-me que não aceitava desculpas, porque já sabíamos que ela era macho
Tentei desculpar-me, dizendo-lhe que não é fácil, porque com a minha bonita idade, só vi um casal, juntas, lado a lado, num jardim particular, cujos donos me ofereceram umas sementes, que germinaram, mas ainda não mostraram de que género são
As fêmeas produzem no seu miolo dezenas ou centenas de sementes. A fecundação, via sementes, é muito difícil, em geral, obtêm-se novos exemplares por brotações junto à planta mãe.
( da internete)
José Silva Costa
Aniversário
Há dezasseis anos que o charco acolhe o meu blog Cheia
Tem sido uma casa muito acolhedora, com gente muito empenhada
Muito solidária, capaz de ajudar quem tenha perdido o pé e esteja desanimado
Tem sido uma grande escola, onde tanto tenho aprendido
Só todos sabemos tudo!
Concretizam-se sonhos, publicam-se livros
Uns compram-se, outros são oferecidos
São muitos anos, tantas amizades e vidas partilhadas
É imaginar tantas feições, sem saber se correspondem à realidade
Mas como não há rosas sem espinhos, a dúvida mói mais que a certeza
Quando deixam de comparecer ao convívio, sem justificação
Ficamos com o enorme aperto no coração
Fica a pergunta sem resposta
O que terá acontecido?
E, há quem não consiga suportar essa dúvida e tudo faça para saber o que aconteceu
Mas, também, há quem não o queira revelar, só temos de respeitar, a vontade de cada um
O meu primeiro blogue tem uma bonita idade
Está um adolescente irreverente
Em que o clima está, cada vez, mais quente
E, os jovens temem o futuro, que têm pela frente
Os adultos, que são quem toma medidas para o futuro
Estão muito confortáveis nos seus casulos, sem quererem ar puro
Os jovens ainda não estão condicionados ao peso das decisões
Não imaginam quanto poderá ser duro, mudar
Para eles é fácil vir para a rua gritar, o rabo mostrar
E quem é que os faz do telemóvel, do computador, do carro abdicar?
É que não há como mudar, sem alguma coisa alterar!
Sempre houve e haverá choques entre gerações
Em que os filhos não concordam com os pais
Mas quando têm filhos, muitas vezes, dão razão aos pais
Em breve, não precisaremos de ter carro, chamá-lo-emos pelo telefone, virá ter connosco, levar-nos- á, para o nossos destino, ficará aí parado até que o voltem a chamar
Com essa radical alteração, muito a nossa carteira e o ambiente vão beneficiar
També teremos melhores e mais eficientes transportes públicos
Só espero que todas essas grandes alterações, ainda, cheguem a tempo do nosso planeta continuar com condições de habitabilidade.
José Silva Costa
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