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A guerra

por cheia, em 26.06.23

A guerra

 

Voltaram os canhões

A paz não passou de ilusões

Porque há povos que se julgam campeões

Não conseguem viver em paz com as outras nações

Têm outras pretensões

Sonham com as suas antigas possessões

Não compreendem os que sonham com, livres, nações

Sem ditaduras, nem pressões

Como é que gostam tanto de ditadores?

Se nos seus governos não há liberdade, nem flores

As ditaduras alimentam-se de horrores

Enquanto as democracias se alimentam de valores

Como é que pessoas avisadas e educadas se deixam enganar

Por políticos cheios de rancores?

Quando deviam lutar por governos sufragados pelos eleitores

Mas, infelizmente, há povos que não têm liberdade

Para os seus representantes eleger

Assim, todas as decisões ficam nas mãos dos ditadores

É tão bom saborear a Liberdade e a Paz!

Sem elas, a vida não tem a alegria do amor.  

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

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publicado às 07:53

A vida

por cheia, em 19.06.23

O valor da vida

 

Nascer, numa terra pobre

Sempre em guerra civil

Confrontos entre religiões

Todos os dias confusões

Disputas por botões de marfim ou cetim

A incerteza das expectativas

A fome, o choro dos filhos a pedirem pão

A tristeza de ver a morte, todos os dias

Fez com que procurássemos onde fosse possível viver

Tantos quilómetros para percorrer

Um mar largo e fundo

Uma traineira sem lotação

Transformada num enorme caixão

Mulheres e crianças fechadas no porão

Os que nos podiam dar a mão

Deram-nos um empurrão

Choraram lágrimas de crocodilo

Decretaram dias de luto

Como se isso ressuscitasse mais de meio milhar de vidas

Há vidas que não têm valor nenhum

Enquanto outras têm o valor da vida

Ninguém se indignou

Fosse outra, ainda que só uma, a vida perdida

Toda a Europa, ou todo o mundo, se teria indignado

É tão triste nascer no sítio errado!

Por todos ser escorraçado

Não esperávamos que fossemos desejados

Mas que, ao menos, fossemos tolerados

Só queríamos viver!

Dar aos nossos filhos: pão, paz, educação, habitação

Mas, quis a má sorte que encontrássemos a morte

E o fundo do mar, como caixão

 

José Silva Costa 

 

 

 

 

 

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publicado às 08:00

Festas populares

por cheia, em 13.06.23

Santo António

 

Meu Santo casamenteiro

Casa este país inteiro

Para que cada casal tenha, pelo menos, um herdeiro

Com tanta inflação no mundo inteiro

Não dá para tudo, o dinheiro

Mas, este país é muito porreiro

Pelo Santo António, casa o viúvo, o divorciado e o solteiro

Nesta Nação não há discriminação

Seja qual for a sua situação

Todos são bem-vindos

A esta exemplar Nação

Onde reina a corrupção

Mas ninguém a assume!

Faz parte da nossa tradição

Não sei se algum dia conseguiremos a sua irradicação

Mas, o que povo quer é futebol e festas

E, isso, felizmente, não lhe falta

Por causa das jornadas mundiais da juventude

Vão tapar o monumento ao 25 de Abril, da autoria do Cutileiro.

 

José Silva Costa

 

 

 

 

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publicado às 07:43

Dragoeiro

por cheia, em 12.06.23

20230527_133236.jpg

no nosso quintal

Dragoeiro, florido

 

Dragoeiro: a árvore do sangue de dragão, originária da Macaronésia (Madeira, Canárias, Açores e Cabo Verde

É um árvore perenifólia de folhas ensiformes com 60 a 70 cm de cumprimento, verdes-acinzentadas e coriáceas, que se dispõem em rosetas na extremidade dos ramos

Atinge 20 m de altura, podendo viver cerca de 600 anos; possui crescimento lento e quando adulto tem uma caraterística copa em guarda-sol de 4 a 15 m de largura

Nos primeiros tempos do povoamento, a Madeira exportou sangue de dragão, muito apreciado na Europa pelas propriedades medicinais e também utilizado como corante para tingir tecidos e ingrediente no fabrico de verniz para violinos.

 

 

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publicado às 07:56

Cicas!

por cheia, em 05.06.23

Cicas!

 

 

20230527_133117.jpg

As cicas revoluta são plantas muito antigas, chamadas de pré-históricas, por terem exemplares  machos e fêmeas separados (dioica)

A cica macho possui um cone cilíndrico alongado, cheio de pólen, e é muito visitado pelas abelhas

A cica macho, que temos nosso quintal, há dezassete anos (lembro-me da sua chegada, porque foi plantada, pelo meu filho, pouco antes do nascimento da sua filha mais velha)

Não sei que idade já teria, são plantas de crescimento muito lento, crescem cerca de 3 cm por ano

Suponho que já teria 10 ou mais anos, mas só há dois anos revelou o seu género, mostrando um bonito cone, certamente querendo impressionar alguma companheira que, infelizmente não existe, por perto

Este ano voltou a presentear-nos com o seu, bonito, segundo cone, como que a perguntar-nos por que razão, nestes dois anos, ainda, não lhe arranjámos uma companheira, dizendo-me  que não aceitava desculpas, porque já sabíamos que ela era macho

Tentei desculpar-me, dizendo-lhe que não é fácil, porque com a minha bonita idade, só vi um casal, juntas, lado a lado, num jardim particular, cujos donos me ofereceram umas sementes, que germinaram, mas ainda não mostraram de que género são

As fêmeas produzem no seu miolo dezenas ou centenas de sementes. A fecundação, via sementes, é muito difícil, em geral, obtêm-se novos exemplares por brotações junto à planta mãe.

images.jpg

( da internete)

 

José Silva Costa

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publicado às 07:54

Dia da criança

por cheia, em 01.06.23

Aniversário

Há dezasseis anos que o charco acolhe o meu blog Cheia

Tem sido uma casa muito acolhedora, com gente muito empenhada

Muito solidária, capaz de ajudar quem tenha perdido o pé e esteja desanimado

Tem sido uma grande escola, onde tanto tenho aprendido

Só todos sabemos tudo!

Concretizam-se sonhos, publicam-se livros

Uns compram-se, outros são oferecidos

São muitos anos, tantas amizades e vidas partilhadas

É imaginar tantas feições, sem saber se correspondem à realidade

Mas como não há rosas sem espinhos, a dúvida mói mais que a certeza

Quando deixam de comparecer ao convívio, sem justificação

Ficamos com o enorme aperto no coração

Fica a pergunta sem resposta

O que terá acontecido?

E, há quem não consiga suportar essa dúvida e tudo faça para saber o que aconteceu

Mas, também, há quem não o queira revelar, só temos de respeitar, a vontade de cada um

O meu primeiro blogue tem uma bonita idade

Está um adolescente irreverente

Em que o clima está, cada vez, mais quente

E, os jovens temem o futuro, que têm pela frente

Os adultos, que são quem toma medidas para o futuro

Estão muito confortáveis nos seus casulos, sem quererem ar puro

Os jovens ainda não estão condicionados ao peso das decisões

Não imaginam quanto poderá ser duro, mudar

Para eles é fácil vir para a rua gritar, o rabo mostrar

E quem é que os faz do telemóvel, do computador, do carro abdicar?

É que não há como mudar, sem alguma coisa alterar!

Sempre houve e haverá choques entre gerações

Em que os filhos não concordam com os pais

Mas quando têm filhos, muitas vezes, dão razão aos pais 

Em breve, não precisaremos de ter carro, chamá-lo-emos pelo telefone, virá ter connosco, levar-nos- á, para o nossos destino, ficará aí parado até que o voltem a chamar

Com essa radical alteração, muito a nossa carteira e o ambiente vão beneficiar

També teremos melhores e mais eficientes transportes públicos

Só espero que todas essas grandes alterações, ainda, cheguem a tempo do nosso planeta continuar com condições de habitabilidade.

 

José Silva Costa

 

 

 

 

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publicado às 08:00


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