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Rosas de Maio
Maio, mês das mais bonitas rosas
Rosas de maio as mais belas flores
Há rosas de todas as cores
Elegantes e delicadas flores cheirosas
Uma prenda para todos os amores
São bonitas para pôr às janelas
Quem passa, não passa sem olhar para elas
Fica encantado com o perfume delas
São rosas, são rosas, senhores
São de todas as flores, as mais belas
Maio cheiroso, maio de bonitas rosas
As rosas em maio são joias
Que se oferecem a todas as mulheres
Todas as mulheres são bonitas rosas
Que em maio ficam, ainda, mais bonitas
Enfeitadas com bonitas e perfumadas rosas
Todas as mulheres são encantadoras rosas.
José Silva Costa
Queima das fitas
No fim-de-semana passada Lisboa encheu-se de cor, para as festas da queima das fitas
Um mar de gente encheu a cidade, vinda de diferentes localidades do País
Ontem, à tarde, fomos assistir à festa da queima das fitas, do nosso neto, na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, onde se licenciou em Tecnologias de Informação
Ali vai continuar por mais dois anos, para fazer o Mestrado
Familiares e amigos, emocionados, aplaudiram a conquista do diploma, pelos seus rebentos
Alunos, pais e avós encheram de alegria e cor, um espaço, onde durante o ano não se veem cabelos de tantas cores.
José Silva Costa
Planície Dourada
Alentejo de longos horizontes
Salpicado de papoilas vermelhas
De planícies douradas, pelo sol, queimadas
Searas onduladas de espigas inchadas, cheias de grãos de oiro
Um mar sem fim, debaixo de um sol sufocante
Campos floridos, onde espalhamos os sentidos
Meu querido Alentejo, que te perdi tão cedo
Num tempo em que havia muito medo
Quando alguns te apontavam o dedo
A fome fez-me deixar o teu chão sagrado
Para sempre fiquei desenraizado
Em Abril o cravo floriu, e a madrugada tudo mudou
Pudeste, finalmente, libertar-te e deixares de ser subjugado
Mas continuas, no tempo, parado
O mundo, contigo, está encantado
Que futuro te estará destinado?
Sem autoestradas, sem vias férreas, com o melhor aeroporto da País
Com um dos melhores portos da Europa
Tens tudo para que o progresso te traga luz
Quem tem medo de que sejas feliz?
Procuro, e o que o mundo me diz
Que um dia ainda vais ter tudo o que a tua gente sempre quis
Paz, pão, liberdade, trabalho, habitação, o Cante, como animação.
José Silva Costa, Lisboa - Portugal
A Coletânea “ERA UMA VEZ…ALENTEJO” é uma obra que inclui poemas, fotografias, ou obras artísticas originais cujo tema e foco principal seja o Alentejo, e está abrangida no projeto europeu “Antologias Digitais”. Tendo a cidade de Évora sido recentemente nomeada Capital Europeia da Cultura 2027, faz todo o sentido homenagear não só a cidade como também toda a beleza circundante e riqueza cultural da região, e observar as maneiras como estas inspiram as pessoas de vários pontos do globo.
Mais 3 blogueres com participações nesta Coletânea: https://cotoviaecompanhia.blogs.sap... - Mafalda Carmona
P J Cortes
https://aquemtejo.blogs.sapo.pt
https://apeadeirodamata.blogs.sapo.pt - Francisco Carita Mata, a quem agradeço a publicitação, nos seus blogs, da realização desta coletânea e o incentivo para que participasse .
Coletânea "ERA UMA VEZ...ALENTEJO"
Desilusão - uma das minhas 2 participações nesta Colectânea
Sol, sul, terra quente
Mescla de muita gente
Espigas douradas, semente
Planície, um doce ventre
Um povo resplandecente
Um pouco diferente
Quanto a calma consente
Num severo ambiente
De amplitudes térmicas
De muitas desigualdades
De grandes herdades
Onde gerações de trabalhadores
Nasceram e morreram
Sem nunca terem nada de seu
Foi o que aconteceu
Enquanto durou a ditadura, que morreu
Na manhã de Abril
Que deu alento a quem tinha uma vida vil
Promessas foram mil
Mas já se sabe o que são promessas
Resta-nos a Liberdade.
José Silva Costa, Lisboa - Portugal
IBAN
Trabalhador, cada um com o seu valor
Por que razão alguns têm tão pouco valor?
Aqueles que fazem o trabalho que poucos querem
Colher frutos nas estufas, debaixo de uns tórridos cinquenta graus centígrados
Os que constroem as casas, ao vento, à chuva e ao frio
Por um magro salário, que não dá para terem uma casa
Os trabalhos mais duros são os mais mal pagos, porquê?
Porque os doutores que fazem as leis não se lembram deles
Não fazem parte da sua roda de amigos
Quem não tem um curso universitário, não tem valor
Mesmo que saiba construir uma casa, um carro
Uma ponte, uma barragem, criar couves, batatas ou cenouras
Nada disso tem valor, para os senhores doutores
Que fazem as leis e governam o país
Que acham que os aumentos de pensões e ordenados
Com uma percentagem igual para todos é aceitável
Cavando, cada vez, mais desigualdades
Quem ganha 500€ terá um aumento de 17€
Quem ganha 2000 terá um aumento de 70€
Os preços no supermercado não são iguais para todos?
Enquanto não valorizarem todas as profissões, porque todas são necessárias
Não falem de igualdade, de valorização, de reconhecimento, de estima social
Não nos queiram enganar com palavras cor-de-rosa, que são migalhas para ganharem as eleições
Meia pensão para todos, com algumas exceções, tanto faz que tenha uma pensão de 50000€, ou de 500€ (leis socialistas,( faria se não fossem socialistas!)
1€ por dia, para uma minoria, e discriminação para quem não tiver um IBAN, que não receberá nada
Muitos países dentro de um país, muitos Governos, dentro de um Governo
A Ministra da Segurança Social e Emprego disse que quem não tivesse conta bancária podia indicar um IBAN de outra pessoa
Enquanto o Ministro das Finanças, que é mais quero, posso e mando, não aceita IBAN de terceiros, fazendo com que mais de 260 mil pessoas não tenham recebido os 125€ + 50€ por cada filho
Com todas estas manigâncias não admira que continuemos na cauda da Europa
Fomos os primeiros a ir a Bruxelas, de mão estendida, pedir o dinheiro do PRR
Já alguém viu alguma obra estruturante paga com esse dinheiro?
Podiam aproveitá-lo para equiparem o parque escolar para o futuro, com meios tecnológicos
Já é tempo de todos os alunos, de todos os graus de ensino, utilizarem os computadores e neles fazerem os testes
A mobilidade, a saúde e a justiça também poderiam ter beneficiado da chamada bazuca
Mas, a incompetência não o permitiu.
Já gastaram em projetos, pareceres e estudos para o TGV e Aeroporto mais do que custariam a construção das obras
José Silva Costa
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