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Adeus Outubro
Adeus até para o ano
Foste mais um mês quentinho
Muito diferente do que era antigamente
O Governo deu dinheiro a quase toda a gente
Só não deu a quem mais precisa: a quem não tem conta bancária
Não são só algumas empresas que têm tido lucros extraordinários
Com tanta inflação, o Governo também recebe impostos extraordinários
Têm sido montantes de tal ordem, que não sabe o que lhes fazer
Deu meia pensão a toda a gente, com algumas exceções, não há regra sem exceção!
Ao contrário do que fez para a atribuição da prenda dos 125€, que estabeleceu um limite
Aos reformados deu tudo a todos, metade da pensão para quem tem uma pensão de 100.000 ou 100 €
Igual para todos, para manter as desigualdades!
Os pobres já estão habituados a viver com muito pouco
Os ricos podem fazer mais uns cruzeiros à volta do mundo
Como, ainda, sobrou muito dinheiro resolveu alagar o prémio de 125 €, aos portadores de vistos gold,
Os que não têm IBAN é que não sabem quando receberão
O Secretário de Estado dos Impostos diz que vai correr o programa durante seis meses
Não sei se está à espera de um milagre: IBAN sem conta bancária!
Neste país tudo é possível! Para o ano vamos receber 22 mil milhões de euros, por dia
Como é difícil gastá-los todos, dentro do prazo, o Governo fez uma nova lei para os concursos públicos
A nova lei está a ser contestada pelo Tribunal de Contas, porque pode facilitar a corrupção
Acho que não tem razão!
Em Portugal já não há corrupção!
“É a justiça a funcionar”
Há eleitores esclarecidos a votarem em candidatos condenados por corrupção
Já baixámos os braços, já estamos habituados, já estamos resignados, para o que não tem solução, o melhor é aceitar a sua normalização.
José Silva Costa
Chuva e Sol
Chegou a chuva, nunca foi tão bem-vinda
Bem precisávamos de sol na eira, chuva no nabal e muito vento
Tudo para a produção de eletricidade, cujo preço está pela hora da morte
Mas tudo com peso e medida, para não provocarem nem prejuízos materiais nem perdas de vidas
Estamos desejosos de voltar a ver as barragens cheias, com todas as suas valências em atividade
A chuva é uma grande riqueza, que cai do céu, sem que a precisemos pagar
A que não for retida, o seu destino é o mar
Cada vez gastamos mais água, cada vez que abrimos a torneira são litros que desaparecem
Quando não tínhamos água canalizada, e a íamos buscar às fontes ou aos poços, não a desperdiçávamos
Dava muito trabalho carregá-la, um trabalho diário e muito duro, quase sempre, a cargo das crianças e das mulheres
Um líquido muito precioso, que temos de valorizar, porque se está a tornar muito escassa
Quando chove, dizemos que está mau tempo
Quando alteraremos este comportamento?
A não ser que não queiramos chuva e queiramos só bom tempo
Sem chuva não há sustento, por muito desagradável que seja, sem ela não há vida
Todos gostaríamos que a chuva chegasse a sorrir, como o sol!
Mas, a Natureza não o quis assim. As nuvens passam as passas do Algarve para nos trazerem a chuva
Têm de ir carregá-la, subirem com todo aquele imenso peso até atingirem a altitude para a puderem descarregar
Operação difícil, que necessita da ajuda do vento e, por vezes, dos trovões.
José Silva Costa
Sintra
A bela e encantadora Sintra, romântica e moura, eterna namorada do Monte da Lua
À noite dorme nua, de dia veste-se de turistas de todo o mundo
Sala de visitas de Portugal, tens um encanto sem igual
Plebeia, saloia, aristocrática, rainha, ninho de namorados
Se os teus recantos e fontes falassem, tinham tanto para contar
Tantos beijos e abraços, juras de amor eterno, por entre o nevoeiro
Saloias, saloios, princesas, príncipes, rainhas, reis, amantes
Todos se beijaram e abraçaram, no teu chão sagrado, com a bênção da lua
O mundo inunda a rua, todos admiram o teu romantismo, beleza, brilho
Residência de verão da Coroa Portuguesa, devido ao teu fresco clima
Musa de escritores e poetas, por todos, cantada e admirada
Vives envolta em neblina, para te protegeres da inveja, devido à tua beleza
Com o Atlântico a teus pés, sonhas banhares-te nas suas praias naturais
Passas o dia a contemplá-lo, do alto dos teus palácios e castelo
Vendo passar os enormes paquetes, onde sonhas um dia embarcar
Ambicionas todo o mundo visitar, retribuir todo o carinho e amor, que tens recebido
Pelos teus muitos encantos, pelo teu romantismo, pelo teu acolhedor amor
Sintra! A mais bela e perfumada flor
Implantada na mais bela Serra
De onde brota amor
Romântica de noite, de dia e ao amanhecer
Ah! Linda Sintra, como é bom viver, todos os dias, a ver-te.
José Silva Costa
Sintra
A bela e encantadora Sintra, romântica e moura, eterna namorada do Monte da Lua
À noite dorme nua, de dia veste-se de turistas de todo o mundo
Sala de visitas de Portugal tens um encanto sem igual
Plebeia, saloia, aristocrática, rainha, ninho de namorados
Se os teus recantos e fontes falassem, tinham tanto para contar
Tantos beijos e abraços, juras de amor eterno, por entre o nevoeiro
Saloias, saloios, princesas, príncipes, rainhas, reis, amantes
Todos se beijaram e abraçaram, no teu chão sagrado, com a bênção da lua
O mundo inunda a rua, todos admiram o teu romantismo, beleza, brilho
Residência de verão da coroa portuguesa, devido ao teu fresco clima
Musa de escritores e poetas, por todos, cantada e admirada
Vives envolta em neblina, para te proteger da inveja, devido à tua beleza
Com o Atlântico a teus pés, sonhas banhares-te nas suas praias naturais
Passas o dia a contemplá-lo, do alto dos teus palácios e castelo
Vendo passar os enormes paquetes, onde sonhas um dia embarcar
Ambicionas todo o mundo visitar, retribuir todo o carinho e amor, que tens recebido
Pelos teus muitos encantos, pelo teu romantismo, pelo teu acolhedor amor
Sintra! A mais bela e perfumada flor
Implantada na mais bela Serra
De onde brota amor
Romântica de noite, de dia e ao amanhecer
Ah! Linda Sintra, como é bom viver, todos os dias, a ver-te.
José Silva Costa
Lisboa!
Sete colinas para calcorrear
Subir ao alto de Santa Catarina para o teu encanto apreciar
Olhos de moura encantada, em cada esquina, em cada fachada
Compridos cabelos a cobrirem as colinas, até ao Tejo
Boca de romã perfumada, a beijar anoite e a madrugada
Seios de mármore, cinzelados, de bicos afiados, encanto de namorados
Cintura de varina, fina, como uma boneca, que duas mãos aperta
Pernas torneadas, como colinas bronzeadas, como as das alfacinhas
Lisboa, menina, varina, bailarina no Parque Mayer
Quem te viu crescer, para as avenidas novas, para o pico do Areeiro
Não imaginava que serias invadida por tanto turista estrangeiro
Perdeste a tua identidade, agora és uma outra cidade
Acabaram as varinas, a mulher da faca rica, o homem do ferro velho e o ardina
Tornaste-te mais fina, são só camones, nómadas informáticos, expulsaste os pobres
És cosmopolita, poliglota, de ti, todo o mundo gosta
Viraste barriga de aluguer, és toda alojamento-local
Já ninguém dorme, os aviões estão sempre a aterrar e a levantar
A trazer e a levar turistas de todo o mundo
Mas lá no intimo, continuas a ser a flausina de sempre
Sempre na moda, peitos bem esticados, olhos de amora, a desafiar quem te olha
Belicosa, espampanante, atraente, amante, por quem o Tejo tanto chora
Feiticeira, namoradeira, gingona, a imitar o baloiçar da varina atrevida
Depois de tantos anos de luta, conseguiste uma rica vida
Beijar e amar quem te visita!
José Silva Costa
Bem-vindo, Outono!
Como são bonitas as tuas cores!
Quentes, para nos aquecerem o olhar
São as cores das árvores
A despedirem-se dos nossos olhares
Vão despir-se, vão mudar de visual
Vão passar, o inverno, despidas
Para, na primavera, nos surpreenderem
Com as suas cores garridas, todas floridas
A deslumbrarem-nos, todos os dias
Como só a Natureza o sabe fazer
Para nosso inteiro prazer
Fazendo-nos, as tristezas, esquecer
Mostrar, que o mundo está sempre a mudar
Que se está, sempre, a renovar
Que haverá, sempre, um novo dia
A irradiar alegria, seja noite ou dia
Por muito que o dia nasça triste
Há, sempre, o sorriso de uma criança a crescer
E, o choro de outra a nascer
Para que o mundo não pare de correr
A renovação possa acontecer
E, possamos, com alegria, viver.
José Silva Costa
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