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Bem-vindo, Outono!

por cheia, em 26.09.22

Bem-vindo, Outono!

 

Menos horas de sol

Mais tempo para o sono

É importante acompanhar e respeitar a Natureza

Não devemos tentar enganar o sono

Tomando substâncias para o afugentar

Pode não querer voltar!

É muito importante descansar

Não podemos querer tudo abarcar

O outono e o inverno são para recuperar

Das loucuras do verão

Em que o sol nos obriga a desrespeitar os bons hábitos

”Deitar cedo e cedo erguer, dá saúde e faz crescer”

Com a invenção da eletricidade é dia todo o dia

E, não pararam as invenções a apelarem-nos para que as descubramos

Para nos mantermos sempre à tona e não ficarmos para trás

Tantos séculos, tantos progressos!

Mas, o tempo continua na mesma, nem mais um segundo!

Como conseguir dar atenção a todas a solicitações?

Temos de fazer escolhas

A melhor é fazer uma vida saudável

Sem saúde as escolhas ficam muito limitadas

Com os anos, temos de ir abandonando algumas autoestradas

Todos os dias devemos fazer o que podermos

Não deixar para quando estivermos reformados

Podemos chegar atrasados

Não conseguindo fazer o que tínhamos planeado

O nosso tempo está cronometrado.

 

Hoje, fazemos 57 anos de casados.

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

 

 

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publicado às 07:57

Lisboa!

por cheia, em 22.09.22

Lisboa!

Ruas estreitinhas

Fados antigos

Colinas com postigos

Bairros contíguos

Muitas colinas despidas

Elevadores estendidos

Estrangeiros aos montes

Já não há fontes

Tudo muito sofisticado

Tudo embalado

Já não há azeite, arroz, açúcar, avulso

Já ninguém sobe a pulso

Os presos sonham com um indulto

Decretaram três dias de luto

Há quem ache que é um insulto

Está tudo tão mudado!

Já não há burros, nem palha

Nada falha

No bairro alto vendia-se amor

Agora, o barulho é um horror

O futebol era uma festa

Hoje, é um campo de batalha

Os adeptos têm de estar em campos opostos

As famílias, cujos membros não sejam todos do mesmo clube

Não podem ver os jogos juntos!

Cada um tem de ir para o seu campo de luta

Ao ponto a que chegou o futebol!

Minha Lisboa, minha princesa, ninguém tem tanta beleza

Como tu, eterna noiva do Tejo.

José Silva Costa

 

 

 

 

 

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publicado às 07:58

Choveu!

por cheia, em 15.09.22

Choveu!

Finalmente a chuva voltou

Toda a natureza se alegrou

Não é agradável andar ao vento e à chuva

Não ver o sol durante alguns dias

Mas, eu vi a alegria das árvores e das plantas

E, até dos rios, que há muito pediam este banho

Estavam fartos de água só das estações de tratamento de águas residuais

Queriam uma enxurrada que os lavasse, que os perfumasse

As cheias, com todos os detritos que arrastam, lavam os rios de margem a margem

Os caracóis acordaram do longo sono da hibernação

De olhos lavados “correram” para todos os lados

À procura de alimento, o jejum foi de muito tempo

A terra agradeceu a maravilhosa rega

Sorriu de contente por ver novamente as sementes a incharem, para germinarem

Em breve, os herbívoros terão alimento fresquinho, tenrinho, gostoso

Toda a natureza aproveitou para lavar o rosto

Depois de meses de calor, de sede, foi uma grande alegria ver de novo a terra agradecida

Por ter sido fecundada, dando origem a um novo ciclo de vida

Foi um longo e duro período de seca

Uma dolorosa e angustiante espera, pela preciosa e natural bebida

Sem ela, não há vida!

Uma preciosidade, muito desbaratada e pouco valorizada

Mas, a sua escassez pode vir a torná-la mais valiosa que o ouro

Quem a tiver terá um tesouro

Muito obrigado verão, por esta maravilhosa prenda

Só te costumam agradecer o sol, mas esta chuva foi muito bem-vinda.

 

José Silva Costa

 

 

     

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publicado às 07:44

Olhos encantadores!

por cheia, em 12.09.22

Olhos encantadores!

Formosos olhos, que encantaram os meus

Que toldaram os céus e o sol

O momento em que te vi, nunca mais o esqueci

Todos os dias corro atrás de ti

Queria-te dizer quanto te amo

Mas, tu não ouves os meus lamentos

Passam por ti como os ventos

São terríveis os momentos

Em que tento captar a tua atenção

Mas todas as tentativas têm sido em vão

As mulheres são como o pão

Para o conseguir, mil voltas se dão

Um dia finjo que perdi a visão

Vou contra ti, como quem perdeu o pé

Flutua ao sabor das ondas e da maré

Esperando que me salves e me dês fé

Que me ressuscites para a vida

Que compreendas que sou a outra metade de ti

Que não poderemos viver um sem o outro

Que o amor é mais forte que o sol-posto

Que é tão lindo o teu rosto!

Capaz de ensombrar o luar de Agosto

Que nunca mais ficaremos longe um do outro

Que só a morte nos separará a contra gosto.

 

 

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

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publicado às 07:56

Tudo gratuito!

por cheia, em 08.09.22

Tudo gratuito!

Tudo o que é gratuito tem tendência a fazer com que haja desperdícios

Em rigor não há nada gratuito!

Tudo gratuito, para todos, sejam ricos ou pobres!

São as novas promoções, dos partidos políticos, para a nova temporada de Outono/Inverno!

Uns oferecem creches gratuitas para todos e serviços de saúde gratuitos, para alguns

Outros oferecem transportes públicos gratuitos para determinadas faixas etárias

Há quem não possa oferecer nada, mas promete a possibilidade de escolha na educação, na saúde, etc.

Quando lemos as letras pequeninas dos folhetos da propaganda, ficamos a saber que as creches gratuitas para todos, afinal são só para os que nasceram a partir de 2022, cujos pais consigam vagas nos serviços públicos ou instituições particulares de solidariedade social, para os que tenham de ir para as creches privadas, só será a partir de Janeiro

As Câmaras mais ricas propagandearam transportes públicos gratuitos para determinadas faixas etárias, não sei se as outras as conseguirão acompanhar, ou se continuaremos com o habitual: “ Portugal é Lisboa e o resto é paisagem”

Para os reformados pode ser uma ajuda para passarem umas horas, de um lado para o outro, sem pensarem como enfrentar a inflação

Também temos os que nos querem enganar, dizendo que podemos escolher os hospitais, os estabelecimentos de ensino …….!

O que querem é que todos paguem, para que os seus filhos estudem nos colégios das elites, pagos, também, por quem nunca verá lá os filhos

Se querem serviços diferenciados, de saúde, de educação, seja do que for, paguem-nos!

Não nos queiram enganar com opções de escolha, que não temos

Não estou a ver as pessoas, das aldeias e montes do interior do país, com possibilidades de escolherem o Hospital da Luz, da Cuf ………….

Nem para os filhos escolherem o Charles Pierre, a Escola Alemã, o Cambridge school……

Numa altura em que os serviços públicos de saúde não conseguem dar resposta a algumas especialidades, vinha mesmo a calhar, a possibilidade de todos sermos ricos, de podermos escolher onde queremos ser tratados. Mas, infelizmente, as escolhas são poucas, e mesmo para os que as podem fazer, alguns, quando já não interessam aos privados, são enviados para o Serviço Nacional de Saúde, que é onde todos são atendidos   

Acontece, que muitos cheques-dentista não são utilizados, não sei se por desleixo, por pouca adesão por parte dos médicos dentistas, ou porque os pais não têm tempo para irem com os filhos ao dentista

Há quem tenha de trabalhar, todos os dias, para que não falte, pelo menos, o pão na mesa!

José Silva Costa

 

 

  

 

 

 

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publicado às 07:56

Bem-vindo Setembro!

por cheia, em 01.09.22

Bem-vindo Setembro!

 

O mês da transição do verão para o outono

Um mês temperado pelo amor

Suave e doce como uma flor

Sem frio nem calor

O primeiro mês que vi

Aquele em que nasci

Por quem tenho um eterno encantamento

Pelo mais belo momento

Que é o nascimento

Nenhum outro acontecimento

Tem tanto carinho e reconhecimento

Como o dia em que os nossos pais nos apresenta ao mundo

Dizendo: “a nossa filha/o, o nosso fruto, a coisa mais preciosa que temos”

E, daí em diante, vão viver em função daquele pequeno ser

Que vai levar tantos anos a crescer

Com quem tantos cuidados vão ter

Um dia inesquecível!

A preocupação com a sua semente nunca mais os vai abandonar

Esteja onde estiver, a preocupação vai-se manter

Seja homem ou mulher

Muito obrigado a todos os pais, mesmo aos que não o souberam ser

Não se nasce pai, nem mãe, passamos a vida a aprender

Não há nada que nos dê mais prazer, do que ver os nossos frutos crescerem e serem felizes

A vida é a mais fantástica e bela aventura!

Quantos de nós a souberam viver?

 

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

 

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publicado às 07:35


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