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2022!
Vais chegar formoso
Vamos-te receber com alegria
Na esperança de um novo dia
Para quebrar a vida vazia
Destes dois anos de pandemia
Acreditamos que tragas a magia
De uma nova sabedoria
Para continuarmos a enfrentar o dia-a-dia
Com a esperança de quem acredita
Que a vida é bela e que vale a pena lutar por ela
Há mais uma esperança amarela!
A variante Ómicron parece não ser tão letal
Os cientistas já dizem que o SARS-CoV-2 se tornou numa doença sazonal
Do menos o mal, terá sido um presente de Natal?
Acredito tanto em ti, meu Ano Novo!
Acho que vais ser muito amigo do povo
Só espero que não me desiludas
Em ti, estou muito esperançado
Oxalá não esteja enganado!
José Silva Costa
Passou o Natal
Amanhã, já ninguém se lembrará
De desejar um Feliz Natal
De colher uma flor para beijar
De pronunciar o verbo amar
A correria vai-nos obrigar a nem para o outro olhar
A competição, não perder o lugar, a ambição
Não nos permitem ao outro dar a mão para se levantar
Para o ano, vamo-nos, novamente, do Natal, lembrar
Ah! Como a publicidade gosta do Natal
E de todos os momentos que massajam o coração
O consumismo, sempre, à mão
Para alegrar o Natal de toda a população
Ao menos, todos têm, um dia no ano
Para se esquecerem da solidão
Para se esquecerem dos filhos e dos netos
Que lhes levou a emigração
Sempre tão lembrados, pela Nação
Quando mandam, para os Bancos, as suas economias
Para ajudarem a pagar os juros da dívida
Que não é para pagar, mas para gerir
Uma dívida, que já faz parte do nosso sorrir
Ano após ano, tantos milhões, tantas promessas
Mas, os milhões de pobres não diminui
Mas, para o ano é que é!
Vamo-nos ver livres do vírus
Vamos ficar mais ricos
Vamos ser mais solidários
Vamos voltar a sorrir, apertar a mão, beijar, abraçar, ouvir os corações.
José Silva Costa
As palavras
As palavras andam de boca em boca, à procura do amor
São muitas, umas mais doces outras mais azedas
Umas mais novas, outras mais velhas
As mais novas saltitam entre as mais velhas
Numa sinfonia de sons e cores
Na esperança de entrarem, num livro, num jornal, num telejornal
Na boca de um autor, de um comediante, de um locutor
Os poetas e os escritores penteiam-lhes os longos cabelos
Fazem-lhes bonitas tranças e colocam-lhes flores, nos cabelos
Mas, não contentes, cortam-lhes o cabelo e fazem-lhes permanentes
Pintam-lhes as sobrancelhas, os olhos e a boca, uma rotina louca
Mas, mesmo depois de tantas transformações, ainda não estão ao seu sabor
Beijam-nas na testa, na face, na boca, nos seios
Depois de tantos devaneios
Procuram que transmitam: amor, alegria, esperança, calor
Mas também, ódio, raiva, desilusão, ingratidão, dor
Todas querem estar na ribalta, no escaparate
Não as conseguem utilizar todas!
Algumas, por mais voltas que lhes deem, não as conseguem fazer rimar
Mas, elas não desanimam, nunca perdem a esperança
Mais tarde ou mais cedo, aparecerá um poeta ou um escritor, que lhes dará o devido valor.
A todas as leitoras e leitores, desejo um Feliz Natal, bem como, para todos os seus familiares.
José Silva Costa
Prendas!
O natal é um época de amor e fraternidade
Todos desejamos uns aos outros: bom Natal, bom ano novo
Mas, a pouco-e-pouco, devido aos excessos, tornou-se num tempo de muita angústia
A publicidade criou-nos, desnecessários, consumos
Muitas pessoas não têm possibilidades de acompanhar este consumismo
A troca de prendas tornou-se obrigatória
Sem que ninguém tenha coragem de dizer que o espírito natalício não é esse
Infelizmente, já há muitos anos, assisti ao desespero de uma Senhora
Que não conseguia conciliar o número da lista de prendas com o dinheiro disponível
Passámos quase uma hora, no comboio, lado a lado, e eu não consegui ficar indiferente ao seu sofrimento
Muitas vezes, para atulharmos as casas de coisas inúteis, para acumularem pó
Como é que se passou de oito a oitenta?
Antigamente não havia, ou eu não tinha conhecimento desta loucura de “enterrarem” as crianças em prendas
Não têm espaço, nem tempo para respirarem, não dão valor ao que lhes é oferecido
Estamos a dar-lhes um mau exemplo, dando-lhes a entender que vivem num paraíso
Que podemos continuar a viver neste desperdício de usar e deitar fora
Uma grande contradição com o que defendemos: a sustentabilidade do planeta, dizendo que temos de reduzir, reciclar, reutilizar
Temos o dever de dar o exemplo, aos nossos filhos e netos, na utilização dos recursos, para que estejam preparados para a mudança que está em curso, cujos efeitos ninguém sabe
Podemos ter um bom Natal, sem ser preciso estragar o que mais tarde nos pode fazer falta.
Um feliz Natal, para todos, com saúde e amor.
José Silva Costa
Os desafios da abelha
Doce lar, no teu aconchego sonho, beijo e leio
É o lugar, que mais desejo para com, a família e amigos, confraternizar.
O futuro é hoje! (13)
Promessas de prendas
Este ano, para além das prendas dos amigos e familiares, temos as promessas de prendas dos políticos
Para o branqueamento, da negra realidade, da corrupção em Portugal, que teve o pior registo da década, tendo descido três lugares, desde 2012, que oscilava entre os 63 e 62 pontos, caiu para a última posição da década, está agora abaixo dos 66 pontos, que é o valor médio da Europa, choveram promessas de prendas
A 9 de Dezembro, dia Internacional Contra a Corrupção, foram feitas muitas promessas:
Cerca de uma centena de novos inspetores, para a Polícia Judiciária, já concluíram a sua formação
Em 10/01/2022, iniciar-se-á mais um curso para formação de mais 100 inspetores para a Polícia Judiciária
Em finais de 2022, mais um curso de formação para 70 inspetores
Como não há fome que não dê e fartura, no Programa de Recuperação e Resiliência (PRR) há 21 milhões (inscritos) para investimento nas tecnologias de comunicação e informação da Polícia Judiciária
Não quer dizer que sejam utilizados, há verbas que todos os anos são inscritas no Orçamento
Nunca são gastas!
Mas não faltam os desmancha-prazeres!
A Ex-P.G.R. Joana Marques Vidal criticou a estratégia anti-corrupção de 2012 e 2018, por ter deixado de fora a análise e acompanhamento do regime de responsabilidade das instituições políticas e públicas no que diz respeito ao financiamento partidário, incompatibilidades e impedimentos, conflito de interesses
Milagres das eleições, já recebi os 10 Euros do ivaucher dos combustíveis, referentes a Novembro e Dezembro, nem sei onde os gastar, na compra das prendas de Natal, que não costumo fazer, ou na passagem do ano, que costumo passar em casa
O problema que me arranjaram, por não terem querido aprovar o Orçamento de Estado!
Oxalá, sejam bem castigados, não conseguindo, nenhum, a maioria absoluta, tão desejada
Os Partidos têm cada vez mais dificuldades em arranjar tachos, para todos os militantes
Querem a regionalização, mas o parto está difícil, o que não admira, com um país tão grande, nem umas cem regiões o conseguem governar
Já falam num referendo em 2024, só espero que os eleitores lhe voltem a dizer não
Não lhes chega as centenas de Municípios e os milhares de Freguesias, alguns com dois ou três mil habitantes e elas com uma centena!
Todos querem ser Presidentes: seja da Câmara, da Junta, dos Bombeiros, das Sociedades Recreativas, dos Clubes de Futebol ……………..
O futuro é Hoje (12)
Trazes a luz, o calor, a amizade
A tua estrela é que nos guia
Não ligues a este Natal de fantasia
Onde só se apela ao consumismo
Dizem os políticos, que este tem de ser colorido
Muito alegre, animado e concorrido
Há eleições, ninguém pode estar distraído!
Todos se aprimoraram nas prendas de Natal
Neste Natal, todos têm direito a bombons
Seja com o ivaucher dos combustíveis
Ou seja com qualquer outro presente
Que os políticos bem têm puxado pela mente
Para descobrirem a melhor maneira de encantar a gente
Não faltam iniciativas, ainda que toldadas pelas condições restritivas
Todas as Câmaras querem ver felizes os seus munícipes
Não poupando esforços na criação de distrações
É pena que gostemos mais de gastar os euros em coisas fúteis, do que estruturais
Gastamos milhões em fogo-de-artifício, que seriam melhor empregues em escolas, esgotos, estradas, hospitais
Mas, do que gostamos mesmo é de bonitas fotografias, nas redes sociais
Das férias, das viagens, de preferência no estrangeiro
Sempre muito felizes, alegres, mostrando que temos o último modelo dos telemóveis atuais
Se somos felizes assim, então não vale a pena investir em infraestruturas, que nem sequer se vêem!
Aproveitemos, os equipamentos ao nosso dispor, para passarmos um bom Natal, e em algumas localidades, prepararmo-nos para as olimpíadas de inverno, em boas pistas de gelo!
José Silva Costa
O futuro é hoje (11)
A idade da reforma poderá baixar para os 66 anos
Uma boa notícia, não fosse a causa, a diminuição da esperança de vida
Que o covid-19 veio provocar
Maldito vírus que não nos quer largar
O Ministro, passageiro, finalmente, caiu do poleiro
Há muito que o deveria ter largado
Mas, a oportunidade, ainda, não tinha chegado
A poucos dias da campanha eleitoral
É preciso convencer os eleitores de que tudo vai mudar
Para melhor! Porque para pior já basta assim
O capitão já os tinha avisado
Quem se portasse mal, não tinha o contrato renovado
Dois em uma, dos dois não fica nenhum
Porque é preciso agilizar o novo Governo
Um Governo menos numeroso, se possível melhor
O adversário é poderoso: uma grande surpresa
Já o tinham dado como morto, mas ressuscitou
Até o Presidente recebeu, em audiência, o seu sucessor
Para acertarem as agulhas e escolherem o calendário
Mas, a ressurreição a tudo veio pôr um travão
Como o homem parece ter sete foles!
O adversário ficou um pouco em confusão
Lá terá de alterar o discurso e a disposição
Com esta carta fora do baralho é que ninguém estava a contar
Já deu provas de nem tudo acatar
Para aqueles que já tinham tudo cozinhado, foi um grande azar
É o que dá, saber dos furtos e não atuar
Bastou uma Freguesia para o Presidente mudar
Vamos ver o que o trinta-e-um nos vais mostrar.
José Silva Costa
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