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Festas e Romarias

por cheia, em 29.06.20

Santos Populares

Meu Santo António, casamenteiro

Devido ao Covid-19, este ano, ficaste solteiro

Os casamentos de Santo António, não se realizaram

Este vírus provocou uma pandemia no mundo inteiro

O São João não teve arquinhos nem balões

Ficaram em casa, os muitos foliões

Ao São Pedro aconteceu-lhe o mesmo

Tempos difíceis, em que nemos Santos fazem milagres

Por este ano, as festas populares estão encerradas

Os festeiros levam o seu trabalho muito a peito, estão tristes e amargurados

Por não terem podido, as festas, organizar

Todos os anos, muito trabalham, para as suas cidades, vilas, aldeias engalanarem

Para os forasteiros encantar

As festas e romarias são momentos de encantamento

Por isso, é que os séculos não as desfazem

Os festeiros não se poupam a trabalhos, para que não se desfaçam

Procuram fazer o melhor que sabem, para os seus antepassados honrar

Ensaiam a Banda Filarmónica, para na procissão atuar

Enfeitam e carregam os andores, para à rua saírem

Organizam a quermesse, para fundos angariar

Para as despesas poderem pagar

Estes eventos procuram toda a comunidade envolver

Sentem-se orgulhosos por a ela pertencer

Sentem-se reconhecidos, quando são eleitos para as organizarem

Este ano, infelizmente, tudo ficou sem efeito

Esperamos que para o ano tudo seja diferente

Para a alegria podermos partilhar.

 

Bom São Pedro

 

José Silva Costa

   

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publicado às 09:34

A Natureza

por cheia, em 26.06.20

Novo

Os estranhos tempos

Que prendem o vento

Que não nos deixam sair do apartamento

 Que não permitem o casamento

Que acabaram com qualquer evento

Que não deixam viver o momento

Que obrigam a fechar o estabelecimento

Que não deixa apreciar o talento

Porque não há espetáculos ao relento

Nem visitas ao Parlamento

Vivemos no impedimento

Só podemos sair para ir trabalhar ou comprar alimento

Novamente, temos de ficar em confinamento

Por causa do ajuntamento

O covid-19 é contra o envelhecimento

Os idosos não cabem no internamento

Muitos morreram fora do hospital, em sofrimento

Houve que escolher quem tinha mais alento!

Quão difícil foi o escolhimento

Mas é compreensível o entendimento

Todos concordam com o fundamento

Como nos naufrágios, quando alguns têm de ser empurrados para o afogamento

Em Terra, infelizmente, também não há lugar para todos!

A ciência bem nos queria eternizar

Mas a Natureza não pode colaborar

Quando uns chegam, outros têm de abalar

Quando o equilíbrio começa a falhar

Manda um vírus, para nos empurrar

Portanto, a Natureza é que nos continua a governar.

José Silva Costa 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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publicado às 08:16

Máscara

por cheia, em 22.06.20

A Máscara

 

Por detrás da máscara

Que nos afasta

Há o desejo de um beijo

O ensejo de voltar a inalar o teu cheiro

Quanto mais tempo vamos ficar cada um para seu lado?

Com medo de nos contaminarmos

Só os olhos autorizam destapar

Porque eles conseguem à distância comunicar

Mas vamos ter que nos habituar

A, com os olhos outras mensagens, enviar

Já que os lábios, que tanto gostar de pintar

Para os realçar

Não os podes mostrar

Ah como gostaria de com isto acabar!

Dar mais apreço à liberdade de o rosto mostrar

Sem medo de que nos apontem o dedo

Ou nos mandem para casa de quarentena

Por causa da saúde pública

Que temos o dever de preservar

Seguindo os conselhos da Direção Gerar de Saúde

Há tantas coisas, que só lhes damos valor quando as perdemos.

 

José Silva Costa

 

 

 

 

 

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publicado às 08:16

O desgaste

por cheia, em 18.06.20

Os anos

Foi como um sol que nasceu

Olhámo-nos, e em redor tudo estremeceu

O sol levantou-se e a manhã amanheceu

Abrimos a porta e o dia cresceu

Entrámos, foste minha, fui teu

Foi o sol que nos enlouqueceu

O mundo cedeu!

O sol beijou a lua

A alegria, os nossos corpos, unia

Deram-nos as boas-vindas

Ofereceram-nos uma lua-de-mel

Continuámos como se só houvesse uma noite incendiada

Mas, o desgaste dos anos mostraram-nos que também há dias de fel

Valeram-nos os nossos padrinhos: A lua e o sol

Mandaram-nos seguir em frente

Guiaram-nos até ao presente.

 

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

 

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publicado às 08:14

Vírus e vandalismo

por cheia, em 12.06.20

Junho de 2020

Seis meses de pandemia, provocada pelo covid-19

O Mundo já estava conturbado

Mas, agora, está irreconhecível

Ficou tudo parado

Felizmente ou infelizmente, nem todos, ainda, se aperceberam da catástrofe

O constante anúncio de despedimentos tira-me o sono

Tal com aconteceu em 2008

Em que a ganância, que alimentou as pirâmides, na ilusão de alguns, de que todos podiam enriquecer facilmente, levou o Mundo à falência

Desta vez foi um vírus que, ao provocar a morte, o medo, o desespero, nos levou ente-queridos, abraços, beijos, convívios, empregos, empresas, a vida

O que devemos fazer para sair deste confinamento?

Ninguém sabe, porque tudo isto é novo

Mas uma coisa é certa, temos de respeitar a Natureza

Temos de tentar reduzir a pobreza

A tendência será reduzir o desperdício

O que vai fazer com que tenham de converter algumas empresas

Com esta pandemia, a alimentação ganhou outra atenção

A agricultura mais destaque e dimensão

É na terra e no mar que, o que comemos, nasce

Se todos fomos afetados!

Que dizer dos refugiados

Em campos superlotados

Crianças, mulheres, homens amontoados

Um WC para uma centena de pessoas!

Onde as mulheres estão, sempre, em perigo

Com receio de serem violadas

À noite, preferem usar fraldas, a saírem das suas débeis muradas

Estamos a assistir a coisas inusitadas

Os novos inquisidores querem apagar a História

Derrubando e queimando estátuas

Como se isso revertesse os erros cometidos

Quantos dos que hoje gritam contra o colonialismo, beneficiam ou beneficiaram com ele?

Não se emendam erros, destruindo o património!

Todos ficamos a perder.

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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publicado às 07:55

A magia da lua

por cheia, em 07.06.20

 

Lua Cheia!

Não encendeis a minha candeia

Há noite, depois da ceia

A tua magia aumenta a fantasia

Não durmo como dormiria

A tua luz os olhos fere!

Uma energia, que os impede de se fecharem

Sei que interferes nas ondas do mar

Como me impedes de, os meus sonhos, navegar

Tenho de esperar que te deites

Para poder, enfim, descansar

Lua de quatro fases e de outras tantas faces

Ao longo dos séculos, quantos encantaste?

Quem amaste!

Misteriosa, bela, encantadora

Todos te têm cantado

Inspiradora de almas noturnas

Que não obedecem à noite

Que não adormecem

Que se portam como se o sol nunca se pusesse.

José Silva Costa

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publicado às 12:07

As mais belas flores

por cheia, em 01.06.20

Dia Mundial da Criança

 

A criança, tão mal tratada!

Mesmo quando o mundo avança

O elo mais fraco do triângulo

Flor tenra e delicada

Por vezes, apanhada no turbilhão da vingança

Usada como arma de arremesso, pelos progenitores

Quando não estão à altura de assumirem a suas dores

Vítimas das guerras, nas mãos dos raptores

Condenadas a trabalhos forçados

Escravas sexuais, sujeitas a todos os horrores

Órfãos, deambulando, pelo mundo, à procura de alimento e lugar seguro

Felizes das que calham com progenitores, que todos os dias lhes dão carinho

Como quem rega uma semente, que com o tempo se torna numa flor florescente

Haja mais respeito por aqueles, que amamentam ao peito!

Não enjeitem a nobre missão de criar uma criança, com todas as mãos

Infelizmente, nem todos têm condições para escolherem, quando querem ter filhos

Mas, uma vez gerados, todos temos o dever de lhes prestarmos todos os cuidados

No primeiro dia Mundial da Criança, desta nova era, ajudemos as crianças, na dura aprendizagem, que as espera

O Mundo não volta a ser o que era!

Está nas nossas mãos, torna-lo melhor e mais humano.

 

José Silva Costa

 

 

 

 

  

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publicado às 08:54


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