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Tanta loucura
Para uma noite dura
Para uma calamidade sem idade
Num golpe de vento
Que leva o tempo
Ninguém te ajuda
Porque não há levedura
Tudo foi gasto em embelezamento
Para enganar o coração
No calor de meia dúzia de minutos de engano
Colocaste toda a esperança de um ano
Agora, fechas as portas e os portões
Das escolas em degradação
Choras, nos corredores dos hospitais
A sua lotação
Esbracejas contra o Tribunal de Contas
Por não autorizar a compra de medicamentos
Porque os Hospitais estão endividados
As famílias e o Estado, também
Vamos, lá continuar a atirar os euros ao ar
São tão fáceis de gastar!
E, os Governos gostam tanto de nos agradar
Desde de não seja preciso pensar
Nem fazer coisas que sejam para durar
As infraestruturas podem muito bem esperar.
José Silva Costa
Frio!
No vazio do frio
A lua sorriu
Unimos os nossos corpos
Galgamos os sótãos
Acasalámos os sonhos
Aquecemos o futuro
Na ilusão de uma lareira
Sentados numa cadeira
Dormimos a noite inteira
Como se estivéssemos nas asas do vento
Tudo tão calmo, reconfortante, suave
Os nossos corpos estavam leves como penas
Rodopiamos no espaço como se fossemos pássaros
Foi um sonho, só podia ser!
Para acordarmos ao entardecer
Antes da noite cair
Abraçados, sempre a sorrir
Como se séculos tivessem passado
Beijamo-nos, e o encanto ficou acordado.
José Silva Costa
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