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Padrinhos
A propósito, dos Ditos e Ditados Populares @ IX, que a Miluem, partilha, no Miluem.Blogs.Sapo.pt, lembrei-me de partilhar um, muito ouvido, na minha terra, quando uma pessoa recebe benefícios de outra, de hierarquia superior, na escala das classes sociais, que é: “quem tem padrinhos não morre mouro”
Não sei a origem! Mas, suponho que terá a ver com a Reconquista Cristã, fazendo com que alguns árabes procurassem converter-se ao Cristianismo. E. para isso, teriam de ter padrinhos.
José Silva Costa
Sintra
Sintra, a mais bela princesa do Atlântico
O deslumbrante encanto do romântico
Com beijos a pairarem por todas as fontes e recantos
Na mais bonita e fresca serra, deitada
Pelo Cabo da Roca, o ponto mais ocidental da Europa, rodeada
Por todo o Mundo procurada e calcorreada
Por todos, muito falada, contemplada, admirada
Uma joia intemporal, onde muitos povos já adoraram o luar
À tua Serra, os Mouros, chamaram-lhe Monte da Lua
Nos chalés, nas ruas, atrás das cameleiras, casais de namorados
Faziam juras de amor eterno, no encanto do luar, ouvindo o mar
Os teus castelos e palácios estão impregnados de enredos e segredos
De rainhas, reis, princesas, príncipes, cortesãos, cavaleiros, concubinas
Por todo o lado, respiramos séculos de poder, intrigas e história
Aqui, podemos ver, como os monarcas queriam perpetuar a sua glória
Quem é que não quer eternizar a sua memória!
José Silva Costa
Civismo
Somos um povo um pouco indisciplinado
Nem sempre cumprimos as regras
Poderíamos ser mais educados
Há, até, quem faça chacota dos que tentam cumprir!
Gostamos de desafiar as proibições
Não respeitamos as recomendações
Mesmo que haja passadeiras para peões
Atravessamos em qualquer lado, sem precauções
Quando acompanhados de crianças
Deveríamos dar, sempre, o exemplo
Infringimos as regras com o maior descaramento
Ultrapassamos os limites de velocidade
Seja na autoestrada, seja na cidade
Sempre ao telemóvel
Lemos as notícias e escrevemos mensagens ao volante
Vemos as fotografias no face-book, em andamento
Como se não estivéssemos a conduzir uma armam mortífera!
As estradas transformaram-se em granadas
Prontas a rebentarem a qualquer momento
Não temos tempo para nada, estamos sempre atrasados
Acelerados, arriscamos numa ultrapassagem, mal medida
Chocamos de frente, perdemos a vida, ou tiramo-la a outro
Ficamos numa cadeira de rodas, acabam-se todas as pressas!
Se não formos rigorosos, se não dermos o exemplo
Não contribuiremos, para um melhor comportamento
As estradas não podem continuar a ser um campo de batalha
Onde tudo é permitido e tudo falha.
José Silva Costa
Junho
O sol de Junho é diferente
Aquece-me a mente
Nasce cedo e põe-se tarde
Tem cheiro a verdade!
Já passou metade
O que é bom acaba depressa
Bebo-te de manhã à noite
Antes que arrefeças
Não creio em promessas
E, de políticos muito menos
Antes das eleições prometem tudo a todos
Mais Funcionários Públicos e aumentos
Para acomodar as raparigas e rapazes do partido
A dívida abaixo dos cem por cento do PIB
Prefiro o tempo!
Este Junho que nos levará ao Verão
Cujo calor amadurece o pão
Ver uma planície de trigo ondulante
Um rancho de ceifeiras trigueiras
A cantarem para espantar o calor
Pedirem ao aguadeiro, mais um cocharro de água
Porque o calor está insuportável
Desejando que a ceifa termine
Que chegue o dia da adiafa.
José Silva Costa
Santo António
Santo António, por Lisboa venerado
Por Pádua e Lisboa disputado
É grande o seu legado
Celebrar o Amor, é o seu fado
Todos os anos, tão empenhado
Em cumprir o apostolado
Levar homens e mulheres aos altares, e dizerem:
“Aceito casar contigo e estarei, nos bons e maus momentos, ao teu lado”
Um dia, sempre, recordado
A Sé de Lisboa já não tem memória de quantos rostos, nos dias 13 de Junho, por ela, passaram
Para os casamentos de santo António
Sempre com promessas de amor, que nem sempre resistiram ao tempo
A vida a dois exige muito amor, compreensão, tolerância
Mas, a relação entre a mulher e o homem é que dá origem à mais bela flor: a criança
José Silva Costa
Dia de Portugal
Os Portugueses
Povo guerreiro e aventureiro
Que percorreu o mundo inteiro
Durante cinco séculos manteve um grande império
“ Camões, grande Camões, igual causa nos fez perder o Tejo” (Bocage)
Fomos tantos, os que o perdemos!
E muitos, para sempre
“ Em perigos e guerras esforçados/ mais do que prometia a força humana” (Camões)
Uns foram para além da Trapobana
Muitos outros ficaram pela costa Africana
Numa luta inglória, contra os ventos da História
Quando outros países, colonialista, há muito se tinham apercebido da chegada da hora
De dar a independência, aos povos, que há muito, por ela, lutavam
A hora, para as nossas colonias, acabou por chegar atrasada
Quando a Nação já estava muito estafada
Uma revolução, que foi muito acarinhada
Permitiu uma gloriosa alvorada
Pelo mundo propagada
Fazendo com que uma nova era tenha começado
Ninguém gosta de viver amordaçado
A liberdade é uma flor muito amada
Bom dia de Portugal, para todos
Seja em que lugar for
José Silva Costa
Agustina Bessa-Luís
Quis o destino que partisse, enquanto se realiza o maior certame anual, no país, dedicado aos livros e aos seus autores: a feira do de livro de Lisboa
Só queria que visse! Na tarde em que partiu, as televisões, que fizeram reportagens sobre a festa no Parque Eduardo VII, só mostraram pessoas carregadas com os seus livros!
Não sei se esgotaram! Só sei que mal souberam da sua partida, mandaram ligar as rotativas
Para eles, foi ouro sobre azul, o dia escolhido
Algumas pessoas não leem livros. Mas compram-nos a metro
Fazem parte da decoração das suas casas
Dá um ar de intelectualidade, torna-os importantes
Os amigos não deixam de os elogiar, pela quantidade e valor das obras expostas
Ainda que os livros nunca sejam abertos!
Como sabe, muitos, grandes, escritores foram ignorados em vida
Mal viram um livro publicado, dos muitos que escreveram
Anos ou séculos depois de falecerem, há quem faça muito dinheiro com as suas obras, e não só!
Fernando Pessoa é um deles! Hoje, admirado e lido em todo mundo
É também recordado por uma infinidade de bugigangas, aproveitando a sua fama
Os políticos também não deixaram de aproveitar a oportunidade
Estamos em ano eleitoral!
José Silva Costa
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