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Luar ao Sul

por cheia, em 30.07.18

Luar ao Sul

                        

Ceifeiras: papoilas ao vento a esvoaçar

Trigueiras, a perfumarem a planície

Cantam, para espantarem as dores

De corpo e faces tapadas, para enfrentarem o calor

Sob um sol escaldante, de foices em riste

Para desafiarem o vento levante

Quantas canseiras, para ver o pão nas eiras!

Mulheres determinadas, que cortam o sol com o regaço

Que sabem todo o circuito do pão:

Alqueivar, gradar, semear, mondar, ceifar, debulhar, limpar, moer, peneirar, amassar, tender,

O forno aquecer, para o pão cozer

Se soubessem, as voltas que a mão dá, até fazer do grão de trigo pão!

Não o estragariam, dando-lhe muita mais atenção

Há multidões de esfomeados, que nunca, o pão, verão

Acabada a ceifa, chega a adiafa, para suavizar o cansaço

Um dos trabalhos mais duros, que mulheres e homens

Enfrentaram, nos campos do Alentejo

Sob um sol ardente, de cortar a respiração!

 

 

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

 

 

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publicado às 21:34

Asas

por cheia, em 24.07.18

Asas – A 380

 

O gigante dos ares aterrou, pela primeira vez, em 23/07/2018, no aeroporto de Beja, o único em território nacional, com capacidade para o acolher

Beja está a ganhar notoriedade, num país pequeno, onde muitos não conseguem ver para além da sua rua

Se temos uma infraestrutura, que faz a diferença, qual a razão para não aproveitá-la?

A mesma de sempre: está localizada no interior!

Senhores políticos deixem-se de provincianismos bacocos e complexos de inferioridade

Lisboa será sempre a capital, mas o resto não será só paisagem, se não continuarem a desfazer o que está bem, só para alimentarem as vossas vaidades

Não conseguiram encontrar melhor maneira de compensar o Porto, por não ter conseguido que a Agencia do Medicamento viesse para a Cidade Invicta, do que dar cabo do Infarmed?

Honrem a morte de mais de uma centena de pessoas, desenvolvendo todo o país, pensando no bem das pessoas, e não no vosso umbigo

Passam o tempo a cantar êxitos, mas continuamos na cauda da Europa!

Para além de sermos um pequeno, pobre, país, os políticos estragam o pouco que temos

Fazem, desfazem, ficam sempre com a maior parte

Para quando as mil vezes anunciadas leis, para dificultar a corrupção?

 

 

José Silva Costa

 

 

 

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publicado às 22:12

Verdes anos

por cheia, em 19.07.18

No perfume e brilho dos primeiros dezoito anos, vividos

Todas as ambições e sonhos são permitidos

O Mundo é pequeno, para todos os ímpetos dos sentidos

Tudo parece eterno, quando, afinal, tudo é curto, fogaz, sem desmentidos

 

É o tempo de colher todo o vigor dos verdes anos

De construir castelos feitos de sonhos

De apanhar as nuvens e viver em todos os planos

Como se todos fossemos humanos

 

Adolescência, maior de idade, vaidade, a mais bonita idade

Tudo translucido e colorido sem adversidade

Na beleza da auria que circunda a longevidade

De um tempo sem limites, cheio de ansiedade

 

Um tempo promissor, cheio de luz, cor e furor

Em que em tudo empenhamos o nosso ardor

Como se estivéssemos a regar uma flor

Cujo crescimento vai depender da sorte e do amor.

 

 

 

 

José Silva Costa

 

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publicado às 21:52

O Sol

por cheia, em 13.07.18

Domingo vai chover

 

As previsões dizem que Domingo vai chover

Graças à ciência e às novas tecnologias, podemos, com antecedência, saber como vai estar o tempo

No Domingo vamos dar descanso às férias, não correndo para as praias, para torrar

Vamos aproveitar para descansar, sabe tão bem descansar do cansaço das férias

Há sempre muito que fazer: ver um filme, ir ao cinema ou ao teatro, visitar uma amiga ou um amigo, mesmo que esteja detido

Proponho-vos um exercício muito mais difícil: tentar desconectar toda a família, sentá-la a uma mesa, para jogar às cartas, às damas, ao monopólio, etc.

Um ótimo exercício, para testarmos as reações, de cada um, quando se perde, ou quando se ganha

E, vão ver que nem se lembram que está a chover

Mas, se preferirem, também, podem ver a chuva a cair, regar e lavar tudo, com as plantas a sorrir

Na segunda-feira não se esqueçam de observar e saborear a frescura, o perfume, os efeitos, de o Verão, ter procedido à limpeza do que não fez, durante um mês de muitas desilusões

Nem ele sabe muito bem, por que razão não fez o Sol brilhar, aquecer a água do mar………

Tenho uma explicação: o Verão, este ano, no seu primeiro mês, foi de férias, para a Rússia, para ver o Campeonato Mundial de Futebol.

 

José Silva Costa

 

 

 

 

 

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publicado às 21:33

Curta, é, a vida!

por cheia, em 08.07.18

Tanto trabalho, para tão poucos dias!

Estou de acordo com as trinta e cinco horas

Não nascemos, para, só, trabalhar

Também temos o direito de, o mundo, olhar

Por que razão só pensa em, os dividendos, aumentar?

Com as novas tecnologias, não está sempre a produção a aumentar!

Todos têm direito a um posto de trabalho

O desemprego só gera desigualdades

Quem é que não se sente inferior por não conseguir contribuir para a produtividade?

Portanto, menos horas de trabalho! Ocupação para todos

Já basta, quererem que nos reformemos aos cem anos!

A história da sustentabilidade está muito mal contada

Os jovens têm direito a sonhar com realizações, que só o trabalho lhes pode dar

Para quê, com trabalho, os velhos, matar?

Deixem-nos, ao menos, uns minutos descansar, quando já não podem andar

Ninguém cá vai ficar, mesmo que queira este e o outro mundo abarcar!

Vamos, o Planeta, ajudar, não estragando hoje, o que amanhã nos faltará

O desperdício é o nosso pior vício, com a fantasia de que isso, mostra ao outro que existo

Mais solidariedade, mais humildade, mais humanidade é o que precisamos, na realidade

Quanto mais o fosso entre ricos e pobres diminuir, mais a alegria nos vai unir

A alegria de ver mais gente feliz, faz um Mundo novo emergir

Ninguém encafuado, em muros, condomínios, arame farpado ou assustado, se sente realizado

Este pequeno e pobre espaço, de todos, por todos tem de ser bem dividido e administrado.

 

 

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

 

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publicado às 23:00

As imagens!

por cheia, em 01.07.18

As imagens

 

As imagens da televisão

Bem avisaram que não eram

Para que tem coração

Infelizmente, todos os dias morrem bebés!

Mas, não os mostram na televisão

As imagens destes três, vão-me atormentar

Durante muito tempo, a toda a hora, a todo momento

Olhos que não veem, coração que não sente

Como é que há gente?

Que se recusa a enfrentar este problema, de frente

O maior cemitério de sempre!

Não consegue incomodar, quem vive comodamente

Preso no egoísmo do seu ambiente

Cercado de uma realidade que não mente

Vai-se empanturrando de ódio, na mente

Tentando convencer-se que é feito de matéria diferente.

 

José Silva Costa

 

 

 

 

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publicado às 17:12


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