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Primavera
Primavera regada, perfumada, florida
Toda bem lavada, dos pés à cabeça
Com cheiro a molhada, muito bem apresentada
Na frescura da verdura, muito bem tratada
A quem, por fim, foi com água, agraciada
Uma Primavera muito bem alicerçada
Com o rosto e o corpo, por água perfumada, massajada
Cujas flores são dores de muitas lágrimas
Caídas durante dias e noites de nuvens chorando por amores
Para que toda a biodiversidade tenha um, perfumado, cheiro
Por todo um ano inteiro, numa Primavera eterna
Com toda a magia da Natureza, a despertar para uma nova harmonia
Das plantas aos animais, ninguém fica indiferente ao teu renascer
Todos os anos reapareces jovem, em flor
Com o teu potente poder rejuvenescedor
Todas as flores nascem com mais perfume e amor
Cada Primavera é um jardim florido
Onde toda a Natureza deslumbra de odor
Como rubros lábios a desabrocharem num sonho de amor
José Silva Costa
Maquilhagem
Aquele ótimo negócio, que o Primeiro-Ministro disse que tinha pena que a ideia não tivesse sido dele, continua a dar que falar
Consistia em enterrar, no Montepio Geral, duzentos milhões de euros da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa
Como a opinião pública e a oposição se levantaram contra, por o dinheiro se destinar a ajudar os mais pobres, não deveria ser utilizado para tapar buracos numa associação
Agora, veem dizer que a Santa Casa vai participar com uma quantia simbólica. Quanto?
Como os Bancos não podem falir, à que maquilhar as contas!
Assim, a Associação Mutualista Montepio Geral, em vez de um prejuízo de duzentos e vinte e um milhões, deu um lucro de quinhentos e oitenta e sete milhões e meio!
Beneficiou de um crédito fiscal de oitocentos e oito milhões e seiscentos mil euros
Segundo Sr. Ministro das Finanças está tudo de acordo com a lei!
Uma lei do anterior Governo, que este não revogou, porque dá muito jeito para tapar buracos
Como é que um bom negócio, ficou sem investidores?
Depois de, um dia, o Presidente da República e o Governador do Banco de Portugal terem dito, que investir no BES era seguro. E, no dia seguinte o Banco faliu, já ninguém acredita em ótimos negócios, quando se trata de Bancos falidos!
José Silva Costa
Mulher
Mulher, flor de cabelos ao vento
Espetacular graciosidade, no seu movimento
Com tanta humanidade e talento
Que os tempos não têm deixado transparecer
Uma nova era está a amanhecer
Fruto de mentalidades que estão a amadurecer
O Mundo com outros olhos a passará a ver
Na plenitude entre homem e mulher
Sem a submissão em que a querem manter
Não a deixando, mostrar, todo o seu saber
Mas, nunca o Mundo esteve tão perto de a compreender
Depois de tantos séculos a tentar não o querer fazer
Terá, enfim, chegado ao entendimento de que mulher e homem
Lado a lado, podem atirar, ao vento, flores!
José Silva Costa
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