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Regresso às aulas

por cheia, em 28.08.17

O regresso às aulas

 

Todos os anos, a mesma aflição: o medo de perder o pão!

Não era já tempo de os professores terem um método de colocação, sem sobressaltos?

Ser colocado a muitos quilómetros de onde tem o coração, é um problema, sem solução?

Todos temos de dar as mãos, para criarmos um país mais desenvolvido e harmonioso

O interior também tem direito a ser habitado, amado, admirado, formoso

Nem que para isso se tenha de criar leis de discriminação

De maneira a atrair quem não quere, para certos sítios, ir

Educar é uma função muito nobre, pode catapultar – nos da base para o vértice

Se fosse, sempre, bem exercida, poderia fazer mais do que a justiça

Mas, quando mete rankings e lutas de classes, pode criar muitas injustiças

Na mesma escola, na mesma disciplina, testes diferentes, podem fazer, com que os mais fracos fiquem à frente!

Há professores, a defenderem, que os filhos têm de seguir as profissões dos progenitores

Não podendo, os filhos de não doutores, ter a ambição de irem para as universidades, para executarem trabalhos mais classificados

Fazem de tudo para os prejudicarem

Não dão o programa todo, mas nos testes incluem toada a matéria

Sabendo que, aqueles cujos pais não têm dinheiro, para explicações, vão ficar pelo caminho, a não ser que sejam génios

Mas, felizmente, também há o contrário, professores que se esforçam, para ajudarem quem tem mais dificuldade, recebendo em troca, a satisfação de terem praticado o bem.

 

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

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publicado às 21:14

Ventos cruzados

por cheia, em 18.08.17

Vento cruzado

 

O vento está zangado

Tudo é contestado

Decapitam-se os heróis do passado

Nada está assegurado

Por todo o lado

O perigo está montado

Onde poderemos descansar do peso do tempo andado?

Não há mais, uma esplanada de café

Um banco de jardim onde possamos, por momentos

Pousar as canseiras do dia, dos anos

Para partilharmos com os amigos

A alegria de viver, que outros não nos venham entristecer!

Que pena, não saibam saborear o que de melhor há: conviver!

Mesmo que, para muitos, a vida seja muito dura

Ninguém a deve interromper

Não pedimos para nascer

Tudo, devemos fazer, para a manter

Quanta alegria, ver os filhos, netos, bisnetos a aparecer!

Todos têm um pouco de nós

Vão-nos embalar, no nosso entardecer

Mas, o Mundo está muito magoado

E, tem toda a razão

Muitos dos seus filhos não têm pão

Sinto-me culpado

Por meio mundo esfomeado

Por viver num luxo exagerado

Ser incapaz de contribuir

Para um equilíbrio, sustentado.

 

 

 

José Silva Costa

 

 

 

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publicado às 18:33

Agosto

por cheia, em 02.08.17

Agosto

 

Em agosto, é no mar que lavo o rosto

Tentando saber quem voltou, quem terá faltado

É um encontro sem ser marcado

É um tempo bem passado

Com os filhos, a mulher, o marido, a namorada, o namorado

Abraçamos os emigrantes no mercado

Falamos de mais um ano passado

Daquilo que nos tem marcado

Do regresso desejado

Que, à medida que os anos vão passando, se torna mais complicado

Os filhos casaram, estão noutro lado

Regressar! Foi passado

Andam cá e lá, já não conduzem, vão no autocarro, lotado

Passam aqui o verão, mas pelo Natal vão para um país gelado

Quem, nessa altura, poderia ficar longe dos filhos e dos netos, sossegado?

É muito doloroso e triste ter de deixar o país, ser emigrado

É passar a vida, desenraizado

A pensar no futuro e no passado

Tentando encontrar o verdadeiro culpado

Por não ter, um país rico, criado

Com educação, liberdade, igualdade, muita imaginação e cuidado

A riqueza e a beleza estão nas pessoas, e não no vizinho do lado

É na creche, no jardim-de-infância, na primária, no secundário, na universidade e ao lado

Que está a riqueza e o futuro do jardim à beira mar plantado.

 

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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publicado às 20:41


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