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Feliz e Próspero 2017
Gastámos mais um ano
Vamos receber mais um
Com grande euforia
Porque não pensamos na economia
Assim, vamos gastando o nosso tempo
Não temos alternativa
Nem sempre o gastamos em coisas úteis
Por vezes, arrependemo-nos de o termos desbaratado
Com tão pouco cuidado!
Mas não há nada a fazer
Gastámo-lo, não o podemos reaver!
Cada ano é mais uma etapa cumprida
Vamos começar mais uma corrida
Que seja bem vivida!
José Silva Costa
Natal
Não gastem tantos euros em luzinhas de Natal, que me ofuscam a vista
Não consigo deixar de ver pais desesperados a atirarem crianças contra o arame farpado
Não consigo esquecer as palavras que gritam aos polícias e militares
Cidades destruídas, países desventrados: bombas , soldados, atentados
Campos de refugiados, todos, tão mal tratados!
Não insistam em esconder o que todos estamos a ver
Fome, guerras, miséria: desespero
E, continuam, com luzinhas, a querer, nos entreter!
José Silva Costa
Terá o ovo conserto?
Num tempo em que está tudo em desespero
A globalização e as novas tecnologias
Vieram por em confronto os vários Mundos
As mil e uma igrejas e as muitas religiões
As desigualdades comparadas instantaneamente
Tudo, sem tempo, para amadurecimento
A educação seria o principal remédio
Mas não é instantânea!
Quantos povos são, ainda, contra a educação?
Principalmente das mulheres!
Os homens têm medo de perder o poder
Porque saber é poder.
Presos num parque de estacionamento, ao ar livre
Seis da manhã, escuro como breu, como só lá estacionamos de vez em quando, não sabiamos da novidade: mais um botão, mais uma função, uma senha para ter acesso a plataforma da estação e ir para o termino da linha.
Tirei a senha errada, apanhámos o comboio e seguimos o nosso destino. Quando regressámos, pelas vinte e duas horas, desejosos de chegar a casa, é que foram elas. Quando introduzi a senha na ranhura da máquina para pagar o estacionamento, esta não a reconheceu, e com razão, não era para o estacionamento, mas para entrar na estação.
Fui tirar nova senha, e a máquina disse que era inválida. Liguei para os números de telefone, que dizia estarem disponíveis vinte e quatro horas por dia, mas ninguém atendeu.
O desespero aumentava, liguei para 0 112, disseram para ligar para a GNR. Também não tive sorte, a gravação pediu que ligasse mais tarde.
Não sabíamos o que fazer. Entretanto chegou uma senhora, que fez tudo para nos ajudar, foi tirar nova senha, a mesma resposta: inválida. Carregou em todos os botões, queria ir a GNR, mas nós pedimos-lhe que não perdesse mais tempo.
Chegou um senhor, mas não teve tempo para nos ouvir.
Chegou outra senhora, insistiu em tirar nova senha de entrada e deixar levantar a barra, verificámos que ficou levantada, esperando que ela entrasse, o que não aconteceu, ao fim de algum tempo baixou, mas fez-se luz, olhámos um para o outro, e como que por telepatia, dissemos ao mesmo tempo “ vamos colocar os carros um enfrente ao outro”.
Pedi à minha companheira que colocasse o nosso carro em frente ao dela, depois da posição de choque frontal, tirei nova senha, a senhora avançou um pouco, a barra levantou, ela recuou, e nós libertámo-nos. Só queria que vissem o brilho dos seus olhos, a sua felicidade por nos ter ajudado a libertar. Estamos muito gratos a ambas. Ainda chegámos a casa no mesmo dia!
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