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Sonhar, amar

por cheia, em 28.08.16

Agosto acabou

Com ele, as férias, levou

Ficam as recordações do mar, do sol …

Os cheiros dos bronzeadores e protetores solares

Os sonhos a serpentearem por entre as areias e as ondas do mar

Os dias descontraídos das férias, que desaparecem, como grão de areia, por entre os dedos

As praias voltam a ficar desertas, sem o colorido e correria das crianças

Sem a multidão, a procurar um palmo de chão, onde colocar a toalha

No meio de tanto coração

Ficam, de novo, entregues as gaivotas

Durante onze meses, durante os quais sonhamos voltar a conquistar-lhas

Volta a rotina do dia a dia: arrancar de madrugada, as crianças à cama

Interrompendo-lhes os sonhos e o sono

Depois de termos sido martelados pelo despertador

Que não deixa, nem por uns segundos, que o corpo fique acordado, a sonhar, a saborear As mulheres, voltam a ter de fazer

Muitas coisas ao mesmo tempo

No regresso de um dia de trabalho intenso

Enquanto fazem o jantar, ensinam aos filhos a tabuada e a contar

Pensam no dia seguinte, e o que fazer para o jantar, no que da arca tirar

Tanto que fazer e a roupa por engomar!

Cansadas, não tem tempo, nem vontade

Para, os dias, acariciar

Com tanta tecnologia, com máquinas que fazem tudo e nada

A vida continua, cada vez, mais atarefada.

José Silva Costa

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publicado às 19:30

Mar, amar, o mar

por cheia, em 23.08.16

Mar, mar, mar

No agosto quente

Com mar azul serpente

Que acaricia o corpo florescente

Que beija, abraça e deita

Nos seus macios e perfumados lençóis

Mas não promete, nem mente!

Esse mar, que em agosto, afoga os sonhos e desejos

De tanta gente!

Mês de alívio, relaxe, convívio

De confraternização, encontros e desencontros

Que se apagam como neblinas matinais

Agosto passa. Imploramos que não vá

Mas não volta mais

Agosto lava o corpo e a mente

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publicado às 17:35

Medalhas

por cheia, em 22.08.16

Terminaram as olimpíadas do Rio 2016

A nossa medalha

Muitos parabéns para a Telma Monteiro

Conseguiu, com um esforço derradeiro

Fazer vibrar um país inteiro.

Muitos parabéns também, para todos os outros

Submeteram-se a um esforço sobre-humano

Que só a vã glória lhes conseguiu obter!

Numas olimpíadas

Uma competição com um especial elã

Com mais de duzentas nações

Ficar entre os dez primeiros, é muito bom

Quanto trabalho e dedicação

Para se ser campeã!

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publicado às 22:01

A Caixa! Com certeza

por cheia, em 18.08.16

Promessas e juras

Todos prometeram que nem um cêntimo dos contribuintes seria gasto nas falências dos Bancos.

Os resultados são bem conhecidos: muitos mil milhões destruídos

A Caixa: a cereja no topo do bolo

Mais administradores

Mais dinheiro para os doutores

Mais trabalhadores para a rua

E, o mais escandaloso: a alteração da lei das sociedades financeiras, para que a Caixa continue a ser o asilo dos inválidos da política.

O Ministério das Finanças não sabia que oito dos indigitados não cumpriam a lei?

Foi preciso o Banco Central Europeu garantir o cumprimento da lei, chumbando-os!

Se a nomeação não dependesse do BCE, teriam passado por cima da lei?

Afinal, a lei não é igual para todos!

Mudam os Governos, mas o circo continua, e o espetáculo não arrepia.

Tantos meses de indecisões, negociações, para comodar todos os boys.

 

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publicado às 23:18

Um lugar ao bronze

por cheia, em 15.08.16

Os Anéis

Os cinco anéis que representam o Mundo: Jogos Olímpicos

Há quem diga mal: desperdício de recursos humanos e materiais

Há o que aplaude: o Mundo num só local!

Nos do Rio 2016, mais de duzentas nações em competição

Num esforço sobre-humano, que só, a vã glória nos consegue obter

Que importa morrer ? Se, “por feitos valorosos se vão da lei da morte libertando” (Camões, nos Lusíadas)

Uma festa Mundial, como uma familiar é sempre de aplaudir

Tudo bem, quando seja para nos unir

Ainda, que o Mundo pareça estar a ruir

Tanta dor, tanta morte, tanta vingança, tanto ódio, tanta guerra!

Se o Mundo é tão bonito e acolhedor, quando há paz e pão, na Terra.

 

 

José Silva Costa

 

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publicado às 20:50

O país dos heróis

por cheia, em 11.08.16

O país dos heróis

 

Finalmente, ganhámos o campeonato Europeu de futebol: somos todos heróis!

Puxamos fogo ao país: somos todos heróis

Temos um défice de cento e trinta por cento: somos todos heróis

Andamos, sempre, de mão estendida: somos todos heróis

Não somos capazes de ordenar o território: somos todos heróis

Abandonámos o interior, fomos todos para o litoral: somos todos heróis

Todos os Bancos foram à falência: somos todos heróis

Conseguimos , quase todos os anos, levar o país à bancarrota: somos todos heróis

Temos Fátima , fados e futebol: somos todos heróis

A telenovela tinha o Zé das medalhas, nós temos o Marcelo das medalhas.

 

 

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publicado às 22:52


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