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Sanções
Acabaram as sanções?
Não. Vão continuar as pressões
Agora vai tudo de férias
É como que um armistício
Em setembro voltam os combates
São duas palavras: fundos estruturais
Para além dos relatórios trimestrais
Como se vê, o sossego não volta mais
São muitos mil milhões e juros, para pagar
O povo à que esganar
Retirando-lhe até o ar!
Quem os manda ser mãos largas a gastar
Quando deviam era poupar
Para nos Bancos, o enterrar
Porque, eles estão autorizados, a o desbaratar
Os contribuintes é que não podem falhar
Senão, vão para debaixo da ponte morar.
Homenagens, mais homenagens
Mas são homenageados porquê?
Por terem levado o país, em quarenta anos, várias vezes, à bancarrota?
Por terem contribuído, e muito para as desigualdades?
Por terem recebido muitos milhões dos Bancos, contribuindo, para a sua falência?
Nas tomadas de posse, sempre disseram que iriam trabalhar para os mais necessitados, mas esses foram os mais prejudicados!
Quem são os homenageantes?
Aqueles que foram os grandes beneficiários, da sua governação.
Mas, mesmo assim, ainda há quem lhes bata palmas!
Aproveitam para mostrarem os colares que trocaram: as grandes cruzes! Obtidas à custa da fome, desemprego e morte dos governados.
Sanções
Esta palavra já fede. Não se fala noutra coisa. Por favor, acabem com esta pressão, isto não é governação. Parece que o futuro do Mundo, da Europa dependem das sanções .
Sanções porque cumprem, sanções porque não cumprem, sanções porque não fazem o que a Alemanha quer, sanções porque são do Sul, sanções porque têm sol, sanções porque temos o ordenado mínimo mais baixo, e ainda por cima o querem aumentar!
Sanções porque já não somos o bom aluno, sanções porque já não vamos à Alemanha, dizer amem, sanções porque somos periféricos, pequenos, pobres, e não queremos tomar o remédio.
Apliquem as sanções, façam-nos comichões, mas acabem, de uma vez por todas, com a incerteza, não brinquem com a pobreza, porque o futuro reserva muita incerteza.
De dia, de noite, a toda a hora
O ecrã da televisão ensanguentado
A encharcar-me os olhos
Como se fossem tições a arder
Nas explosões que os despedaçam
Um poço de sangue a escorrer
Do montão de corpos a desfalecer:
A vida a morrer.
Não, não posso mais ver!
O, que no Mundo está a acontecer:
As crianças, as mulheres e os homens a arder.
Parem, para ver o que estão a fazer.
Tanta violência, tanta vingança
Que matam qualquer esperança
Num sorriso de mudança
À imploração
Dos olhos espantados de criança
A condenarem
A atitude dos adultos, na matança
Como se a vida
Não fosse feita de amor e confiança
E os beijos de intolerância
Não disparassem
Ódios, fermentados nos séculos
De opressão
Infringida aos mais fracos
Pela ânsia de exploração
Quando o que se esperaria
Era ajuda, carinho e aliança.
A descida de impostos é sempre uma boa notícia. Mas os empresários têm de se convencer que os impostos são para pagar e os serviços são para faturar. Os consumidores também são responsáveis por nem todos os impostos, pagos, chegarem aos cofres do Estado.
Todos temos de nos convencer que pedir fatura com número de contribuinte é mais que uma forma de os impostos chegarem ao seu destino, é um ato de cidadania, para que todos cumpram com os seus deveres.
Os que não cumprem com os seus deveres estão a sobcarregar os que cumprem. Assim, a opinião pública deve ser mais exigente, para com os que se esquecem das suas obrigações.
Se todos pagassem os impostos, certamente, que estes poderiam baixar, para isso todos temos de atuar.
Mais descidas de impostos são desejáveis, porque não podemos continuar a trabalhar, só, para, impostos, pagar.
José Silva Costa
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