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Desigualdades

por cheia, em 29.03.15

Fogem à fome

Deixam a família

Andam anos a pé

Morrem de fadiga

Sem nada na barriga

 

Querem chegar a Mellila ou Céuta

Às portas do paraíso!

Um paraíso muito guardado

Por arame farpado

 

África, fome, corrupção

Fome, corrupção, imigração

A corrupção aperta o coração

África, mãe, madrasta

A fome, multidões arrasta

A esperança basta

Para percorrer o Continente, a pé

 

Arriscam a vida

Porque, na verdade, já a perderam

Se conseguirem atravessar o mar

Beber a água da Europa

Se não forem recambiados

Ressuscitam

 

Tantas desigualdades!

Uns com tudo

Outros sem nada

Antes escravizados

Agora esfomeados

Morrem aos punhados

À vista dos nossos telhados

Mal tratados

Pela nossa indiferença

De obesos atulhados

Nas bandas gástricas

Da abundância.

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publicado às 21:41

Segurança

por cheia, em 27.03.15

"No mar, tanta tormenta e tanto dano,

Tantas vezes a morte apercebida!

Na terra, tanta guerra, tanto engano,

Tanta necessidade aborrecida!

Onde pode  acolher-se um fraco humano,

Onde terá segura a curta vida,

Que não se arme e se indigne o Céu sereno

Contra um bicho da terra tão pequeno?"(Lusíadas, última estrofe do cato I)

 

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publicado às 15:12

700 órfãos, em 10 anos!

por cheia, em 26.03.15

 Violência

O que se passará?

Para matarmos as nossas companheiras

Deixando os filhos ao deus dará!

Somos animais racionais?

É que os outros não matam as companheiras

E, se alguns comem os filhos

Não os deixam ao deus dará!

Matamos muitos animais

Mas, matarmos os nossos iguais!

Não parece de animais

Quanto mais de racionais!

Não pensamos no sofrimento que causamos

Matamos as nossas mulheres!

Como quem mata porcos!

Com que direito matamos?

Se a vida do outro não nos pertence!

Somos responsáveis pela continuação da espécie

Assim, temos a obrigação de criarmos os filhos

Que são donos dos seus destinos

As mulheres e filhos não são objetos!

Devemos-lhes todo o respeito.

 

José Silva Costa

 

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publicado às 19:43

Mandela

por cheia, em 25.03.15

MANDELA

 

Mandela, um homem exemplar

Que elevou a humanidade a um outro patamar.

Só uma monstruosidade, como o apartheid

Poderia ter gerado um exemplo para a humanidade!

Opôs à insensibilidade dos poderosos, a razão dos humildes.

Mas, por que razão não seguem o seu exemplo?

O Mundo continua, na mesma inquietação: sem pensamento

Uns poucos roubam aos restantes o seu sustento!

Digam-nos, como poderemos encarar este momento

Quando a maior parte da humanidade não tem trabalho nem alimento

E a outra lhe atira, para cima, a sua sumptuosidade, como exemplo?

Digam-nos, como podem aqueles, a quem negam trabalho

Fruto para o seu desenvolvimento

Alimentar os filhos se, ainda, não se alimentam de vento?

Tantos séculos de conhecimento

Para tamanho embrutecimento!

 

José Silva Costa

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publicado às 20:36

A internet

por cheia, em 24.03.15

A Internet

Confraternizamos com a sedução

Dos variegados  nomes na imaginação

Unidos por um amor comum: a poesia.

E, na falta de  uma fotografia

Os rostos revelam-se no brilho da simpatia

Nestes tempos de correria.

Ansiosos, debruçamo-nos à janela

A contemplar a lua e o sol

A iluminarem a noite e o  dia 

Embalados pela cor  da magia.

Lemos as missivas que o mundo envia

Cheias de segredos, mistérios e alegria

Que nos incendeiam a fantasia

Dos corações presos à tecnologia.

Um rato faz o computador andar

Põe-nos no Mundo, a navegar

Navegamos num  oceano a rodar

Em volta de um mundo medonho

Com os sonhos nos dedos

E, os pés acomodados.

Por um fio, vemos oceanos e continentes

Percorremos o globo em poucos instantes.

Abraçamos o Mundo inteiro

Na louca sede de tudo calcorrear

De todos os frutos saborear

Tudo ao alcance de um luminoso olhar

Como se tivéssemos na palma da mão

A terra o mar o sol a lua a ilusão

O  poder a escoar-se por entre a multidão.

Neste universal palco virtual

Todas as comédias podemos representar

Sem que os espectadores

As consigam descodificar.

Tantas e rápidas estradas

Para o amor espalhar

Com elas andamos a sonhar.

                                       José Silva Costa

 

 

 

 

 

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publicado às 20:36

a guarda dos filhos

por cheia, em 23.03.15

A guarda dos filhos

Quando a realidade é mais rápida que as mentalidades!

Quanto tempo, ainda, será necessário para nos adaptarmos, ao novo fenómeno, que se chama divórcio?

Infelizmente, ainda, há poucos pais que se entendam quanto à guarda dos filhos, travando grandes batalhas campais, para que um não veja a criança.

Como é que um pai ou uma mãe, que querem o melhor para os seus filhos, não querem que ambos estejam, em separado, ou juntos, dentro do possível, com os progenitores?

Que culpa têm as crianças, que tenham deixado de se entender? Que não se queiram ver? Que até existam razões para que isso possa acontecer?

As crianças são quem não têm nenhuma culpa, mas são as que mais sofrem, porque é muito traumatizante verem os pais desavindos. Para crescerem felizes, e um dia a poderem transmitir a outros, necessitam dos cuidados e carinhos dos dois.

Mas, do que não precisam nada, é que lhes estejam , sempre, a infernizar o juízo, dizendo mal do outro progenitor, em que não há nenhum defeito, que ele não tenha!

Se querem ver os vossos filhos crescerem felizes, ainda que estejam separados, e isto vos custe, digam-lhes: “ o teu pai é o melhor do mundo, e vice versa “

Não façam guerras, porque eles amam ambos, gostam muito que estejam com eles, principalmente , nos momentos mais difíceis: na escola, para mostrarem aos amigos, que têm pais que se preocupam e que os amam.

Sei que é pedir muito! Mas, para transmitirmos confiança, felicidade às nossas crianças, tudo o que fizermos por elas, é pouco.

Elas nunca terão culpa da nossa “ má fortuna, amor ardente” ( Luís Vaz de Camões)

 

José Silva Costa

 

 

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publicado às 16:13

amor

por cheia, em 21.03.15

Amor

 

 

Ai, meu bem

Dos teus rubros lábios

Voam rios de versos

São melodias, são mel

Que bebo ao luar.

 

Ai, meu amor

O teu coração é uma flor.

De mãos dadas seguramos a madrugada

Sonhamos com a lua encantada.

 

Ai, minha flor

Os teus olhos são pétalas

São a minha luz

São a chama a iluminar o amor.

 

Ai, idílico jardim

Onde planto sonhos

Que embalas nos olhos risonhos

Enquanto adormeces o sono.

 

 

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publicado às 15:00

Listas VIP & censores

por cheia, em 20.03.15

Listas VIP e censores é o que não nos falta! E-mails, com conteudos políticos, encaminhados para a pasta de Spam, em vez da pasta de entradas, para passarem despercebidos, para que não sejam lidos, nem encaminhados, porque os censores estão ao serviço dos visadaos.

Nunca fomos tão vigiados!  Será este o preço a pagar, para que vejamos o Mundo, por um fio?

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publicado às 20:03

Quando as flores se beijam

por cheia, em 19.03.15

Quando as flores se beijam, nasce a Primavera. Tudo fica perfumado, até a Terra! As aves ensaiam bailados e melodias nupeciais. Tudo acorda, como se a noite  se transformasse em dia!

 

 

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publicado às 19:58

Sintra

por cheia, em 17.03.15

SINTRA

 

Um sorriso para os olhos

Perfume para os sentidos

Uma fonte para a sede

Paraíso na Terra esculpido

Com princesas no sentido

E namorados a segredar ao ouvido

Os rumores das frescas fontes

Levados pelo mourejar das águas

Que beijam as pontes

E sonham com mares nos horizontes

Pintados por juras de amantes

Deitados em lençóis de lua cheia

Que a romântica cama estreia

E a bela serra incendeia

Na Regaleira ,Monserrate ou Capuchos.

Enfeitados com Colares

Os colos de quem a passeia

Fazem de Sintra uma sereia

A espreguiçar-se nas ondas

No bronze das suas praias

Onde as beldades se despem de vaidades

Na nudez das novidades

Contam com o brilho do sol

Para se guindarem a estrelas

Das construções na areia

Onde não há mulher feia.

 

José Silva Costa

 

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publicado às 22:29

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